O calor que incomoda principalmente os natalenses desde o mês de janeiro, mas que tornou-se mais intenso no mês passado, fez aumentar em até 2% o consumo de energia elétrica no Estado, segundo dados da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). Se os consumidores usaram mais os aparelhos de ar condicionado e ventiladores para amenizar a sensação térmica, o resultado apareceu na conta referente ao consumo no mês de janeiro, com expectativa de vir ainda mais alta em março.
A Cosern registrou um consumo de energia elétrica de 291,9 mil Megawatt/hora em janeiro contra 297,9 mil megawatt/hora no mês passado em todo o Estado. Um aumento ainda mais considerável, segundo os técnicos da Companhia Energética do RN, se comparado aos registros de janeiro do ano passado: 286,51 mil megawatt/hora. O condicionado de ar representa de 2% a 5% do valor da conta de energia, segundo os especialistas em economia doméstica.
O consumo aumenta tanto nas residências quanto nas empresas ou fábricas. O calor é perceptível até para quem trabalha em ambientes a céu aberto ou simplesmente resolve buscar um lugar à sombra e livre das quatro paredes. Nem mesmo as últimas chuvas têm sido suficientes para refrescar a “onda de calor”. Para os técnicos da Cosern, é preciso considerar que a provável redução no uso do chuveiro elétrico contribuiu para que a despesa não fosse ainda maior.
O meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, explica como a natureza contribuiu para aumentar a conta de energia elétrica do norte-rio-grandense. Segundo ele, ocorreu uma redução da intensidade dos ventos a partir da segunda quinzena do mês de fevereiro.
“A temperatura não aumentou, permanecendo com uma média de 31 graus. A umidade relativa do ar subiu e isso causou a sensação térmica de a temperatura estar bem mais elevada”, disse.