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ONU aprova pacto global sobre refugiados

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As Nações Unidas aprovaram o pacto global sobre refugiados. Ao todo, 181 países votaram a favor do documento, enquanto Estados Unidos e Hungria foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram.
Alemanha torna mais difícil vida dos refugiados que chegam ao país em busca de oportunidades
Coordenado pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), com sede em Genebra e dirigido pelo italiano Filippo Grandi, o pacto global sobre refugiados, aprovado ontem (17), procura promover a resposta internacional adequada aos fluxos em massa e situações prolongadas de refugiados.
No final de 2017, existiam quase 25,4 milhões de refugiados em todo o mundo. Atualmente, apenas 10 países acolhem 60% das pessoas nessa situação. Só a Turquia abriga 3,5 milhões de refugiados, mais do que qualquer outro país.
Assim como o pacto global para a migração, aprovado na semana passada por representantes de 160 países, o pacto global sobre refugiados não tem valor vinculativo, e ambos derivam de um documento assinado em 2016 conhecido como Declaração de Nova York, adotada por unanimidade pelos 193 membros da ONU.
O pacto global sobre refugiados aponta quatro objetivos principais: aliviar a pressão sobre os países anfitriões, aumentar a autossuficiência dos refugiados, ampliar o acesso a soluções de países terceiros e ajudar a criar condições nos países de origem, para um regresso dos cidadãos em segurança e dignidade.
Ao contrário do documento que trata dos migrantes, do qual os Estados Unidos sequer quiseram participar das negociações, o pacto para os refugiados chegou a contar com colaboração americana ao menos no período de conversas, que durou 18 meses.
Pacto para migração
O pacto global para a migração foi aprovado há uma semana durante uma conferência intergovernamental em Marrakech, no Marrocos.
Na segunda-feira passada, 164 dos 193 Estados-membros da ONU (cerca de 85%), incluindo o Brasil, adotaram formalmente o documento, o primeiro desse gênero.
No entanto, pouco depois da assinatura do acordo, o embaixador Ernesto Araújo, confirmado para assumir o Ministério das Relações Exteriores, disse que o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai se desassociar do pacto. Segundo ele, a imigração deve ser tratada de acordo com “a realidade e a soberania de cada país”.
O Brasil não foi o único a anunciar que abandonaria o documento. O mesmo já havia sido feito pela Polônia, Hungria, República Tcheca, Chile a Áustria. O texto ainda deve passar por mais uma votação na próxima quarta-feira (19/12) na Assembleia Geral da ONU.
No domingo, o pacto voltou a ser objeto de defesa e de repúdio. O papa Francisco expressou o seu apoio apelando à comunidade internacional que trabalhe “com responsabilidade, solidariedade e compaixão” em relação aos migrantes.
No mesmo dia, mais de 5 mil manifestantes contrários ao acordo protestaram em Bruxelas. Houve confronto com a polícia, que teve que usar canhões d’água para dispersar os manifestantes. Quase cem pessoas foram presas. A manifestação, chamada “Marcha contra Marrakech”, foi convocada em reação ao apoio do primeiro-ministro belga, Charles Michel, ao pacto.
Agência Brasil

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