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ONU avalia sanções contra programa nuclear do Irã

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MEDIDA - Conselho propõe embargo às exportações de armas iranianas e o congelamento  de ativosNova York – Seis potências mundiais chegaram ontem a um acordo sobre  as novas sanções que pretendem impor ao Irã por sua recusa em suspender seu  programa de enriquecimento de urânio. O projeto de resolução com sanções mais  duras contra Teerã foi encaminhado ontem ao Conselho de Segurança da ONU, que  deverá votá-lo na próxima semana. Contudo, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, disse  que o CS da ONU  não tem “nenhuma legitimidade” para dizer a seu país o que deve fazer com seu  programa nuclear e reiterou que não teme novas sanções econômicas. O projeto de resolução foi redigido pelos cinco membros permanentes do Conselho  – EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França – e a Alemanha durante dez dias de  negociações.

As medidas incluem o embargo às exportações de armas iranianas e o congelamento  de ativos de mais pessoas e companhias ligadas aos programas nucleares e de  mísseis balísticos iranianos, além de um pedido às nações e instituições para  que rejeitem novos empréstimos e doações à República Islâmica. Os outros dez membros não permanentes do Conselho – que são eleitos para mandatos  de dois anos – avaliarão o projeto, que deve ser aprovado para servir como uma  mensagem de união da comunidade internacional para que Teerã suspenda o enriquecimento  de urânio. As grandes potências suspeitam que o Irã quer utilizar seu programa  nuclear para fins militares, algo que o governo iraniano nega. O urânio enriquecido  é um combustível nuclear que pode ser usado tanto para fins civis como para  a fabricação de armas nucleares. Em dezembro, o Conselho já havia aprovado sanções limitadas contra o Irã, ordenando  a todos os países que deixassem de fornecer a Teerã material e tecnologia que  pudessem ser usados em seus programas nucleares e de mísseis, além do congelamento  de ativos de 10 empresas iranianas e de 12 pessoas relacionadas com esses programas.  

O novo projeto de resolução não proíbe a venda de armas ao Irã, mas pede a todas  as nações que “exerçam vigilância e comedimento” no fornecimento de tanques,  aviões de combate e outras armas pesadas. Ele também não menciona a proibição  de viagens, mas diz que todos os países deverão vigiar a entrada e o trânsito  em seu território de pessoas cujos ativos foram ou serão congelados. O projeto  também exige que todas as nações informem a entrada de qualquer dessas pessoas  a um comitê do CS da ONU que supervisiona as sanções aplicadas ao Irã. Além de não suspender seu programa nuclear, o Irã anunciou recentemente ter  instalado duas séries de centrífugas para enriquecer urânio em uma escala industrial.  “Eles dizem que vão impor novas sanções econômicas. Nós respondemos que faz  27 anos que sofremos sanções”, disse  o presidente iraniano. “Hoje os inimigos  do povo iraniano querem usar o Conselho de Segurança para impedir o progresso  e o desenvolvimento do Irã”, acrescentou.

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