Genebra – Apesar dos esforços internacionais, as emissões de dióxido de carbono, que geram o efeito estufa, aumentaram em 2004 e atingiram os maiores índices desde a década de 90. No geral, os países ricos tiveram uma queda de apenas 3,3% nas emissões nos últimos 15 anos. O que mais preocupa a ONU é que, entre 2000 e 2004, houve na realidade um aumento das emissões nessas economias, o que mostra que a comunidade internacional precisa tomar medidas mais drásticas para lidar com aquecimento do planeta.
Segundo um estudo encomendado pelo governo britânico, se Ada for feito, até 20% do PIB mundial poderá sofrer com desastres naturais nos próximos anos. Fora do Protocolo de Kyoto, que regula as emissões e cria obrigações para os países ricos, os Estados Unidos são os principais responsáveis por emissões no mundo, com 25% do CO2 que é lançado na atmosfera todos os anos. Entre 1990 e 2004, as emissões americanas aumentaram em mais de 15%. Esses gases seriam os responsáveis pelas mudanças climáticas e, diante dos problemas ambientais cada vez mais sérios registrados em vários locais do planeta, países fecharam um acordo no final dos anos 90 que tinha como objetivo reduzir as emissões. O acordo, conhecido como Protocolo de Kyoto, entrou em vigor em fevereiro de 2005 e 35 países até agora se comprometeram a seguir o entendimento. Uma das obrigações é de promover uma queda de 5% nas emissões entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990.
Na primeira avaliação já feita pela ONU sobre as emissões após o Protocolo de Kyoto ter sido assinado, os resultados foram decepcionantes. As emissões nos países ricos atingiram 19,9 bilhões de toneladas de CO2 em 2004, contra 17,5 bilhões de toneladas em 2000. Os gases na atmosfera, lançados de plantas industriais, centrais de energia e carros, somavam 18,6 bilhões de toneladas em 1990, ano que serve como referência para o Protocolo de Kyoto. Entre os 35 países que adotaram as recomendações de Kyoto, a redução média das emissões foi de 15,3% em comparação aos níveis de 1990. Mas a queda ocorreu em grande parte graças aos países do Leste Europeu que, durante os anos 90, atravessaram uma crise econômica. A Rússia, por exemplo, registrou uma redução de 32% nas emissões, contra 31,8% na Hungria ou 31,2% na Polônia. Excluindo esses países, a média dos países ricos teria sido uma elevação de 11% nas emissões. Mas, a partir de 2000, os países do Leste Europeu voltaram a crescer.