
A Secretaria de Tributação foi um dos alvos da operação. Depois de várias horas, saíram de lá, por volta das 11h, duas promotoras e policiais militares com malotes. Eles entraram nos carros sem dar qualquer informação. Procurado posteriormente, o Ministério Público Estadual comunicou, por meio da assessoria de imprensa, que não iria dar maiores detalhes sobre a operação, sob a alegação de que as investigações estão ocorrendo em “sigilo judicial”.
Pouco tempo depois do início da operação, o MPE distribuiu uma nota aos veículos de comunicação contendo apenas informações genéricas. Sem citar nomes nem quantias, o texto informa que “os investigados se associavam para cometer diversos crimes contra a administração pública, beneficiando-se com o desvio de dinheiro público através de esquema criminoso por meio de fraudes à licitação, uso de ‘laranjas’ e contratos fraudulentos simulando o fornecimento de bens ou prestação de serviços”.
Expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Procuradoria-Geral de Justiça e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar.
O MP não especificou os locais, mas populares que se aglomeravam em frente ao Centro Administrativo de Ceará-Mirim para acompanhar a movimentação na Secretaria de Tributação comentavam que os promotores cumpriram mandados de busca e apreensão também na Secretaria de Educação, em um depósito de bebidas, em uma casa lotérica e, ainda, nas casas de um vereador e do prefeito - o delegado da polícia civil Antonio Peixoto. Fotos obtida e divulgadas na imprensa mostram veículos policiais em frente a casa do prefeito.
A TRIBUNA DO NORTE ligou para o prefeito Peixoto várias vezes, mas o celular dele estava desligado. Na prefeitura, ninguém soube informar como entrar em contato com ele.