A Polícia Federal enviou na tarde de ontem à justiça, o inquérito principal resultante da Operação Paraíso, deflagrada há duas semanas em Natal e em Oslo, na Noruega. Foram indiciadas as 26 pessoas apontadas como envolvidas com o grupo mafioso B-Gang. Segundo a PF, a quadrilha agia no RN lavando dinheiro ilegal através de empreendimentos imobiliários de luxo.
“Foram indiciados todos eles. Isso somente no inquérito principal”, explicou o delegado Rômulo Berredo, Segundo ele, com as apreensões no dia da operação, vários documentos estão sendo analisados. “Tudo isso precisa ser feito com cuidado, lentamente”.
O delegado garantiu ainda que a paralisação de três dias deflagrada ontem pelos policiais federais não irá prejudicar o andamento das investigações da Operação Paraíso. “Esse serviço nós iremos manter e essas análises não serão prejudicadas”, disse. Rômulo Berredo apóia o movimento de paralisação e faz parte da Associação dos Delegados da PF/RN, o que gerou a expectativa da paralisação das investigações sobre o grupo de noruegueses e paquistaneses.
O inquérito foi enviado à 2ª Vara Criminal da Justiça Federal e agora, o juiz Mário de Azevedo Jambo deve reenviá-lo para o MPF para que o órgão ofereça denúncia ou não. “Hoje (ontem) ainda faremos a conclusão do inquérito e enviaremos à justiça para o prosseguimento do trâmite”, declarou o delegado Rômulo.
Das 26 pessoas que acabaram presas, 11 estavam em Natal e 15 em Oslo. Dos indiciados que estavam custodiados aqui, já foram libertados Ivan Antas, Zalix de Brito Guerra da Silva, Analyce de Brito Guerra da Silva e Márcio de Castro Fonseca. Ainda estão presos na Superintendência da PF, no Bairro de Lagoa Nova, Trygue Krinstianses, Arvid Brikeland, Oisten Hasen, Bianca Solan Hasen e Alberto Aulio Medeiros Nelson. O grupo foi indiciado por crime contra a ordem tributária, contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha.