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Ortopedistas defendem uso de cadeirinha por crianças

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Curitiba (AE) – Ortopedistas de todo o País unem-se para intensificar a campanha pela segurança infantil no trânsito e garantir vida longa e saudável para crianças e adolescentes. Nesta quinta-feira, em várias cidades haverá blitze e distribuição de folhetos ensinando as maneiras corretas de transportar uma criança dentro de automóveis.

“Os acidentes de trânsito são os principais responsáveis externos pela morte de crianças com idade entre 0 e 14 anos”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP), Edilson Forlin. “E isso poderia ser evitado.” Forlin disse que os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que cerca de 2.300 crianças e adolescentes morrem todo o ano no Brasil e outros 38 mil ficam feridos no trânsito. “Uma seqüela pode ter conseqüências desesperadoras”, afirma. E atinge a família do ponto de vista pessoal, profissional, emocional e financeiro.  

Estudo feito pelo ortopedista aponta que uma criança com lesão medular permanente pode ter um custo financeiro de R$ 4 milhões até os 60 anos, contando-se os gastos diretos com o tratamento e o que ela deixará de gerar em sua vida profissional. “Prevenir custa 0,01% do valor gasto para tratá-la”, afirma.

Um levantamento em lojas que trabalham com cadeirinhas de segurança, cintos e assentos especiais mostra que o motorista iria gastar perto de R$ 700,00, ou seja, cerca de 3% do preço médio de carros populares. Um valor baixo comparado com os benefícios. “Utilizando os equipamentos de segurança existentes no mercado, as possibilidades de morte e lesões graves em crianças em conseqüência de acidentes diminuem 70%”, afirma Forlin. “Em números reais significa a chance de salvar a vida de 1.400 crianças por ano.”

 Consideradas apenas as lesões, a saúde de cerca de 26.500 crianças e adolescentes estaria preservada anualmente, 72 por dia. “Não há nada mais efetivo do que o cinto de segurança”, aconselha o médico. Sem o equipamento, a tendência é a pessoa ser projetada para fora do carro. “Para quem está no banco de trás o maior risco não é o impacto, mas o arremesso. E ali estão as crianças”, reforça. “Os riscos de óbito para quem cai fora são de três em quatro casos.”

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