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Os anos dourados

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Everaldo Lopes [[email protected]]

No domingo que passou, esta coluna deu uma recuada no tempo e mostrou alguns dos bons  times dos anos 70/80 quando as equipes consideradas de melhor nível realmente contavam com atletas expressivos.  Por melhor que seja a boa vontade do torcedor de hoje, não dá pra comparar times como o Santos, o São Paulo, o Palmeiras, o Internacional, Vasco, Flamengo e Botafogo. É impossível querer comparar jogadores excepcionais daquelas décadas  com os elencos atuais. Não dá para memorizar  – por exemplo, uma formação do Flamengo, Santos, Botafogo, Corinthians ou Vasco. Quem podia esquecer um ataque formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho Pelé e Pepe, numa época em que ataque tinha cinco jogadores,  o do Inter com Jair, Caçapava e Lula, o do Palmeiras campeão com César, Ademir da Guia e Nei.

TAMBÉM OS NOSSOS
Deixando de lado as ótimas e permanentes equipes dos considerados grandes do bloco Rio/São Paulo/Minas/R. G. do Sul, os times potiguares principalmente a dupla da capital ABC, América e, algumas vezes o próprio Alecrim FC, como aconteceu no bi de 62/63 e 68, o verdão campeão de 1970 com Erivan, Otávio, Edson, Josemar e Preta, William, Correa e Alberi, Maia, Petinha e Burunga, comandados pelo técnico Caiçara, no auge da sua carreira de treinador vitorioso. Ele largava Recife e vinha ganhar bom salário aqui  no RN, aproveitando a rivalidade enorme que já existia, apesar da pequena “arena” que era o estadinho  “Juvenal Lamartine”. O detalhe: nunca houve briga das duas torcidas rivais. 

TAMBÉM OS NOSSOS (2)
Em 70, a grande surpresa foi o garoto Marinho – que ainda não tinha o “Chagas”. Era simplesmente o garoto da Salgadeira, 18 anos, chamado apenas de Marinho, “invenção” de José Prudêncio, que deu certo. E como deu. O detalhe, muitos sabem, mas é sempre bom repetir. Marinho era do Riachuelo, veio para o ABC trocado por material esportivo adquirido por “Pruda” e transferido, de presente, para o ABC.  Interessante: o homem do momento no Alvinegro era Ernani da Silveira, o diretor de futebol era o “Pruda”. Lamentavelmente, morreram Ernani, o cartola maior, Prudêncio o diretor de futebol considerado o “pai” dos jogadores, também falecido e, dias atrás, precocemente, o próprio Marinho Chagas.

O INVICTO DE 68
Os torcedores do Verdão no ano em que  o time chegou ao seu único título invicto – em 1968 estão hoje com mais de  60 anos, muitos não são capazes de lembrar a escalação campeã. O time foi com Eliezer, Luizinho, Cândido, Miro e Anchieta, Pedrinho, Elson e Valdomiro, Zezé, Elson, Icário e Burunga. Como é de praxe, tantos anos depois, quase a metade do elenco  é de ex-atletas já falecidos. Nesse caso do Verdão, um dos mortos – o goleiro Eliezer, foi assassinado, outros morreram de problemas naturais, como Rui Falcão, Odisser, o pernambucano Pedrinho – lamentavelmente, atropelado no Recife, estaria embriagado.

“Mão Santa” exagerou?
 Como havia prometido na coluna da sexta-feira que passou, volto ainda ao assunto “Mão santa”, que não é outro senão um dos maiores jogadores de basquetebol em todos os tempos, o norte-rio-grandense Oscar Schmidt. É que Oscar parou sua carreira de grande basquetebolista, campeoníssimo de troféus e medalhas, quando foi detectado que estava com câncer, parando definitivamente dia 06 de junho de 2004.

Mão Santa? (2)
Quando parou, Oscar já tinha somado 46.744 pontos, na frente alguns números do norte-americano naturalizado, Kareen Abdul. Oscar foi seleção dezenas de vezes, sempre foi muito afável e popular.  Dias atrás, ao fazer palestra em uma universidade na cidade de Caruaru/PE, extrapolou, demonstrando arrogância e estrelismo, a ponto de ver grande parte da platéia retirar-se do auditório, por não compactuar com os desabafos de Schmidt. Calcula-se que foram mais de 600 pessoas  entre as quase três mil que assistia, estranhando o comportamento daquele aquele atleta outrora tão comunicativo e popular. Alguns experts costumam dizer que o tratamento do câncer deixa sequelas no paciente, mesmo que declarado curado. 

“DA BOLA DE PITO”
Este colunista informa a alguns amigos que procuraram adquirir meu livro “Da Bola de Pito ao Apito Final”  na banca “Boa leitura”, no Nordestão da Salgado Filho, que foi feito novo suprimento e o livro está lá à venda.

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