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Os desafios da economia do RN para 2020

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Ricardo Araújo
Editor de Economia

Retomar a produção de petróleo em terra, ampliar a exploração de gás natural e atrair mais turistas ao Rio Grande do Norte são desafios constantes e deverão permear, com mais ênfase, as discussões políticas e empresariais ao longo de 2020. O processo de desinvestimentos da Petrobras no Estado e a queda na ocupação hoteleira ao longo de 2019 nos principais destinos turísticos potiguares tem causado preocupação ao empresariado, que defende a união de esforços para uma mudança de cenário. As expectativas, porém, são positivas.

Ampliar a exploração turística no RN é desafio para o ano novo
Ampliar a exploração turística no RN é desafio para o ano novo

#SAIBAMAIS#“As perspectivas para 2020, para nós do Rio Grande do Norte, serão melhores que as de 2019. O governo criou, ao longo deste ano, uma nova política de desenvolvimento econômico. Nós sabemos da limitação do Estado que está em crise econômica, sem capacidade de investimento, mas dentro desses limites foram criadas várias ferramentas como o sistema de Câmaras Setoriais, que mantém o diálogo permanente e periódico com os setores. Plantamos boas sementes e esperamos que elas germinem ao longo do próximo ano”, ressalta o titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado.

Ele cita, ainda, que o Estado deverá registrar crescimento econômico em todas as regiões a partir da realização de feiras multisetoriais, da atração de empresas estrangeiras para investimentos em segmentos diversos – principalmente nas energias renováveis – e ainda como consequência do programa de incentivo fiscal, o Proedi. Calado cita que, a partir da revisão do programa de incentivo fiscal, a Guararapes, empresa que mais emprega no Estado, aumentou a produção nas unidades locais em 42%. “A Ster Bom fez aquisição de uma máquina moderna para fabricação de casquinhas de sorvetes e abriu unidades produtivas em Assu. A Três Corações / Café Santa Clara fez investimentos em Mossoró e são esperados R$ 6 bilhões de companhias diversas para investimentos em energias renováveis”, lista o secretário.

A perspectiva maior, porém, gira em torno da retomada da produção de petróleo nos campos maduros no Estado a partir da aquisição dos polos produtores por empresas privadas, como parte do processo de desinvestimento da Petrobras na exploração do óleo em terra. As transações de compras dos campos maduros já somam mais de R$ 1 bilhão. “O Projeto Reate (Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres) vai aumentar a produção de petróleo e gás no Estado e reduzir o custo do gás, principalmente. As empresas privadas estão ocupando o espaço da Petrobras. Isso revitaliza (o setor) e tenho certeza que o resultado será positivo gerando empregos e revitalizando a economia”, ressalta Jaime Calado. Foram adquiridos por empresas privadas, os polos de Riacho da Forquilha, Macau, Redonda-Ponta do Mel e Fazenda Belém. As empresas compradoras desses campos deverão assumir a produção em 2020.

Mais atenção ao turismo e serviços

O diretor-superintendente do Sebrae RN, Zeca Melo, acredita que o Reate consolidará ao longo de 202o, mas elenca outros pontos que também precisam de atenção do Poder Público. “A gente entra em 2020 com mais ânimo, com perspectivas de crescimento. Espero que não seja mais um soluço. Esperamos que se consolide o Reate 2020 e que a Petrobras volte a operar no Rio Grande do Norte de olho nas plataformas marítimas. Mas temos outros desafios”, destaca.

Zeca Melo aponta que o Governo do Estado precisa enviar, o mais breve possível, o projeto da Lei Geral das Microempresas à Assembleia Legislativa. “Esperamos que a governadora envie esse projeto, de relevada importância, ao Poder Legislativo. As microempresas precisam ter reconhecimento, precisam ter processos desburocratizados e que setores específicos recebam apoio”, adverte. Ele aponta, ainda, que é preciso promover o Turismo no Estado de forma mais enfática e dinâmica, atraindo mais turistas não somente para as praias, mas para ambientes que contem a história do RN, como o Museu da Rampa, em Natal, e o Centro Cultural Trampolim da Vitória, em Parnamirim.

O presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL RN), Afrânio Miranda, aponta que os avanços na política econômica adotada pelo governo federal. “Eu acredito que a perspectiva de 2020 será bem melhor que a dos últimos cinco anos. As previsões dos economistas são boas, com PIB em torno de 2,5%”, afirma.

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