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Os desafios do momento

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Garibaldi Filho
Ex-senador da República
Estou novamente diante das notícias que nos deixam preocupados. É que, como se não bastasse a expansão de variantes da Covid, temos agora a presença da influenza com a mesma intensidade. A necessidade de contar com vacinas torna-se uma tarefa cada dia mais gigantesca. 
Muitos deixaram de se vacinar e agora procuram a imunização duplamente. 
Esperávamos entrar no ano de 2022 sem esses dilemas para que estivéssemos voltados às tarefas de dar ao país dias melhores no tocante à economia, à política e ao bem-estar do nosso povo. 
Sim, o desafio político exige uma atenção especial, porque o ano eleitoral nos coloca diante da necessidade de pensar o futuro. 
O debate precisa de compromissos que nem todos estão preparados para lidar. 
Os vitoriosos precisarão ter a grandeza de superar a polarização, enquanto aqueles que perderem não poderão se lançar ao desespero. É esperar que cada um se compenetre da sua missão e possamos ter um horizonte de paz e progresso. 
Foi o que defendeu o cientista político e consultor Antônio Lavareda, experiente estrategista de campanhas e analista de pesquisas eleitorais. Ele afirmou, ao conceder entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, sobre a conjuntura e sobre as eleições deste ano que é preciso uma postura diferente da atual, por parte das lideranças e dos candidatos. 
“A minha esperança é de que o bom senso e a razão levem a uma redução do conflito político-ideológico, apesar de todas as dificuldades e da temperatura elevada que deve predominar na campanha”, disse. 
Lavareda não tem falsas ilusões quanto ao clima de discussões acirradas que devem tomar conta do período de campanha eleitoral. Mas ele apela que, proclamado o resultado das urnas, os protagonistas deixem as diferenças em segundo plano para que prevaleça o interesse do país. 
“Acredito que vamos ter disputas muito ásperas, muito duras. Mas nós temos que nutrir a esperança de que, passadas as eleições, as principais forças políticas redefinidas pelo eleitorado, aquelas que serão governo e as que serão oposição, tenham condições de desenvolver um patamar mínimo de diálogo para enfrentar os problemas dramáticos que se colocam para o Brasil”, destacou.
Ele citou o exemplo do Chile, onde o candidato da eleição presidencial que tinha um claro posicionamento ideológico, apontado até como radical, ao perder as eleições felicitou o adversário vitorioso, em um gesto simbólico e que demonstra a possibilidade de dialogar.
“Espera-se que, independentemente de quem seja o vitorioso [no Brasil], os demais tenham uma postura, digamos, construtiva, se não para o próximo governo com certeza para o País”, concluiu o consultor.   
Isso é o que a sociedade brasileira quer dos seus líderes. Capacidade de respeitar a legitimidade dos eleitos e a dinâmica da democracia para que os nossos problemas sejam enfrentados e o desenvolvimento retomado.
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