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Os desafios do varejo

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Adelino Marinho
Empresário

A forma como fazemos negócios hoje em dia não será a mesma nas décadas seguintes. Nosso padrão de consumo, o comportamento da indústria e do varejo mudarão quase que completamente e em uma velocidade incrível. Novas tecnologias, mudanças de necessidades de consumo e como guiaremos nossas vidas, tudo isso irá impactar fortemente as tendências de mercado. Hoje em dia quase tudo já pode ser adquirido on-line, e essa tendência só ira aumentar nos próximos anos.

Em um futuro muito próximo, o número de lojas físicas e shoppings não só irá se estagnar como começará a diminuir de tamanho. Na verdade, isso já é um fenômeno mundial e não tem relação com crise econômica ou diminuição de consumo. A economia global não para de crescer desde que a China abriu sua economia para o mercado internacional e lançou mais de um bilhão de consumidores ávidos e famintos no mercado mundial.

Em inúmeros segmentos, já não precisamos mais nos deslocar para lojas físicas para consumir. Podemos comprar um carro sentados em nossas salas e usando pijamas, comprar uma passagem aérea para o Taiti sem consultar alguém que tenha ido lá ou mesmo uma agência de viagens, ou personalizar uma pizza com ingredientes asiáticos sem nem mesmo nunca ter cozinhado na vida.

Estamos diante de um grande desafio. A partir de agora, produtos e serviços passarão e ser oferecidos de forma super customizada e da forma mais conveniente para o consumidor. Entregas de produtos têm que ocorrer em questão de horas e não de dias ou semanas, e serão entregues por drones ou veículos não tripulados. Acreditem, isto já é uma realidade em alguns mercados. Nos Estados Unidos, uma rede de pizzarias já entrega seus produtos em carros autônomos.

Eletrodomésticos como freezers e geladeiras, já existentes no mercado, passarão a fazer os pedidos diretamente para o fornecedor cadastrado assim que o estoque acabar e precisar ser reposto. Sistemas como Google Maps e o Find It vão auxiliar o consumidor a encontrar o produto que procura na loja mais próxima de sua casa ou escritório.

Cada vez mais só compraremos os produtos chamados de “Environment Friend”, aqueles que não contêm agrotóxicos, não poluem o ambiente, são reciclados e recicláveis. As experiências de consumo cada vez terão menos interação entre pessoas e, com isso, haverá um deslocamento de funções dentro da estrutura varejista. Haverá menos atendentes e menor necessidade de vagas de estacionamento, por exemplo.

Devemos nos preparar para o futuro à nossa frente. A imagem nostálgica do comerciante atrás do balcão ficará eternizada na memória daqueles que tiveram essa experiência, mas ficará no passado em quase todos os segmentos.

Empresas tradicionais e centenárias vão desaparecer, assim como milhões de funções e empregos, substituídos pela tecnologia e pela inovação. Outras empresas surgirão, com outras funções, assim como novas vagas. Ainda não será a hora que nos encontraremos com os Jetsons, mas não estamos tão distantes assim.

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