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Os novos desafios

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Garibaldi Filho
Senador da República 
Chegamos a imaginar, mesmo diante dos atormentados dias de novo crescimento da pandemia, que teríamos momentos melhores, porque isso levaria o país a ver demonstrações de união. Haveria, então, principalmente por parte das lideranças políticas, um amadurecimento que levaria todos a se darem as mãos na tentativa de encontrar soluções para a crise econômica e social.
Mas não é, lamentavelmente, o que estamos vendo. A polarização e a radicalização se impuseram diante da perplexidade da nossa sociedade. 
O que vem enfrentando o ministro da Saúde, no exacerbamento das reações, não pode contar com a nossa concordância, embora, reconhecendo que há críticas fundamentadas quando pedem medidas mais ágeis e eficazes no enfrentamento da pandemia. O importante é não haver intolerância, mas sim a busca de soluções.
O bate-boca entre o Presidente da República e o governador de São Paulo se constitui em fato absolutamente inadmissível nas atuais circunstâncias.
O que gostaríamos de estar vendo seria a união dessas autoridades para o combate mais eficiente do Coronavírus. É preciso unidade nacional em torno do enfrentamento desse problema.
Esperamos também que o processo sucessório das eleições da Câmara dos Deputados e do Senado não contribuam para uma efervescência política que possa tumultuar o combate ao coronavírus. Não deixamos de condenar o patrocínio do governo, revelador novamente do processo de troca de favores, usando e abusando do dinheiro público na tentativa de conquista de votos secretos. São acontecimentos que gostaríamos que não tivessem guarida diante desse momento nacional.
Nada mais grotesco do que está sendo comentado do Twitter, após o site Metrópoles mostrar que a administração federal gastou mais de R$ 15 milhões de recursos públicos – o que inclui despesas de Ministérios e autarquias, para comprar leite condensado. 
Com isso, os gastos alimentícios do Governo Federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Essas despesas entraram na mira da oposição.
Enquanto isso, o Governo se recusa a aprofundar o debate sobre o chamado auxílio emergencial pelo temor de furar o teto dos gastos. 
Sabemos que a cautela é necessária no encaminhamento dessa matéria, mas não deixa de causar revolta a exposição destes fatos.
Temos toda uma série de desafios para que a opinião pública possa fazer o seu julgamento. 
Parece ser de total prudência o Ministério da Economia discutir uma nova rodada de auxílio emergencial, mas com uma condição: A realização de um acordo no Congresso Nacional para a aprovação rápida de medidas de corte de despesas.
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