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Os passos de Marina

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Lydia Medeiros

Sem Lula no páreo, o empate de Marina Silva com Jair Bolsonaro na liderança da disputa presidencial impõe à Rede um desafio: dar maior visibilidade à candidata. “Marina é uma corredora forte, temos que revelá-la”, diz o deputado Miro Teixeira. Apesar do resultado, ele desencoraja conclusões como a busca imediata de alianças: “O eleitor rejeita alianças de cúpula. Quer decidir. Temos é que transformar eleitores em militantes.” A aposta segue o tom de Marina: “Não sejam pragmáticos, sejam sonhadores.”

Debate: troca de partidos

Daniel Coelho – Deputado (PPS-PE)

Um dos destaques da ala jovem do PSDB na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho trocou o partido pelo PPS.

“O que motivou a troca foi o processo de mudança do nome e a refundação do PPS em Movimento23. A interação e entrada no partido dos movimentos Livres, Acredito, RenovaBR e Agora! fazem do Movimento23/PPS um sopro de mudança”, diz. “Todos, sem exceção, estão em crise. A sociedade diz não estar representada nos partidos, em todos eles. O PPS está respondendo bem a essa crise, tendo coragem de se renovar, de mudar conceitos, de juntar jovens liberais com sociais democratas e de adaptar suas ideias aos tempos atuais. Isso que me move.”

Danilo forte – Deputado (PSDB-CE)
Eleito pelo PMDB, Danilo Forte foi para o PSB, passou rapidamente pelo DEM e decidiu se filiar ao PSDB.

“O sistema partidário está descompromissado com questões ideológicas e programáticas. Da forma que estão se apresentando as radicalidades, a crise política vai se aprofundar. É necessário um entendimento entre os partidos de centro. Por isso, optei pelo DEM. Mas havia uma questão regional. O DEM aprovou uma resolução nacional contra alianças com o PT, mas, no Ceará, isso foi quebrado. E não teria as condições para construir o que defendo. Fui coerente. Ou o centro se reúne e dá ao Brasil uma candidatura consistente, ou poderemos criar um movimento de insolvência política.

À deriva
Vai demorar muito para o DEM digerir a decisão de ACM Neto de desistir da disputa ao governo baiano. Além de desestruturar o partido, a opção do prefeito arranha sua autoridade como presidente do DEM na hora de negociar alianças. Para um aliado, Neto fez um “rombo no casco”.

Sola de sapato
Lançado candidato à Presidência pelo Solidariedade, Aldo Rebelo avisou que comprará uma bota nova para viajar o país. Começa hoje, na porta de uma fábrica no ABC paulista. Presidente do partido, Paulinho da Força aposta em alianças: “É bom ter um candidato de esquerda, com vice de direita, ou vice-versa, para o Brasil superar essa guerra ”, diz, sobre uma possível aliança entre Rodrigo Maia (DEM) e Aldo, ex-PCdoB.

Identidade liberal
O Partido Novo foi o que mais arrebatou filiações do Livres — 13 dos 43 integrantes do movimento que vão disputar eleições. Outros optaram por PPS (8), Podemos (7), PMN (7), Rede (3), DEM (2), PV (2) e Solidariedade (1). Candidato do Novo ao Planalto, João Amoêdo buscou no Livres seu coordenador de programa de governo. Será o cientista político Diogo Costa.

Tudo pela causa 
Força Sindical e CUT se reúnem amanhã, em Curitiba, para tratar das comemorações das centrais no 1º de maio, Dia do Trabalho. Em geral, fazem programações diferentes. Vão tentar se unir em protesto à prisão em segunda instância.

Babel 
A esquerda rachou sobre a nota em repúdio à prisão de Lula, assinada por PT, PDT, PCdoB e PSOL. A insistência de Gleisi Hoffmann pelo apoio do PSB não funcionou. Para o presidente do partido, Carlos Siqueira, confrontar o STF com expressões como “ao arrepio da Constituição”, é inócuo.

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