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Os premiados em artes

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Tem natalense entre os vencedores do prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Artes (ABCA) referentes as atividades de cada categoria no ano de 2016, destacando a atuação de artistas, pesquisadores, críticos e curadores. O natalense premiado, famoso no mundo inteiro, é Abraham Palatnik, nascido aqui em 1928 e que reside no Rio de Janeiro desde 1948, depois de ter vivido boa parte da adolescência e começo da juventude na Palestina. Seus pais eram judeus russos. É considerado o pioneiro da arte cinética no Brasil. Os prêmios da ABCA foram anunciados segunda-feira. Palatnik foi agraciado “por toda a sua trajetória artística” (Prêmio Clarival do Prado Valadares).

Tem mais dois nordestinos premiados (ao todo são 10 prêmios concedido pela ABCA), ambos paraibanos: o pintor e crítico Raul Córdula e o artista plástico, também escritor, José Rufino. Rufino, nascido em João Pessoa, onde vive, receberá o Prêmio Mario Pedrosa (categoria “artista contemporâneo”), e Córdula, nascido em Campina Grande, mas morando em Olinda, foi agraciado com o Prêmio Gonzaga Duque (“crítico associado pela atuação durante o ano”). Domingo, 09, publiquei aqui uma carta de Raul Córdula que ele me escreveu em agosto de 1999, falando, entre outras coisas, de seus projetos artísticos.

Há um quarto nordestino neste pódio da ABCA. É o pernambucano Francisco Brennand. Está no prêmio Paulo Mandes de Almeida, “a melhor exposição do ano”, que foi organizada pelo Santander Cultural, em Porto Alegre. Título da exposição: “Francisco Brennand – Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo”.

Para fechar esse firo de prêmios, ressalte-se que tem um outro nordestino nessa história. É o crítico Antônio Bento, nascido em Araruna, na Paraíba, mas criado no famoso engenho Bom Jardim, de Goianinha, que hospedou em 1928 Mário de Andrade, seu amigo das rodadas literárias do Rio de Janeiro. Antônio Bento de Araújo Lima foi dos grandes críticos de arte do Brasil, assinando colunas nos principais jornais do pais. É um dos fundadores da Associação Brasileira de Críticos de Artes, duas vezes seu presidente.  Entre os dez prêmios criados pela ABCA, um deles é batizado com o seu nome.  O que é concedido à difusão das artes visuais na mídia. Quem o ganhou agora foi o Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo.

Abraham Palatnik já expôs em Natal, duas ou três vezes. A última me parece que em novembro de 1999 (Projeto Nação Potiguar), no Solar Bela Vista. Sua família (judeus/russos) que aqui chegou em 1912, Natal de uns vinte mil habitantes, morava na rua Ulisses Caldas esquina com a avenida Deodoro, oitão do Colegio da Imaculada Conceição, onde foi construído depois a Vila Palatnik. Ainda restam alguns frontais daquelas casas, mais de vinte, trinta, por aí.

Em seu livro de memórias, Tempo de Saudade, Lair Tinoco, que foi aluna do internato do Colégio da Conceição, conta:

– Como apreciadora de boa música, eu adorava ouvir mesmo de longe, as noitadas musicais, que aconteciam na casa dos irmãos Palatnik. Acho que eles eram de origem judaica, eram irmãos, todos casados e moravam numa casa muito grande na Rua Ulisses Caldas, localizada em frente ao nosso dormitório. Estes senhores chamavam-se José Isac e Tobias.

– No Colégio a ordem eram dormir cedo; às oito horas tocava o sino e as alunas subiam as escadas para o dormitório. As janelas sempre ficavam abertas até mais tarde, o que facilitava ouvir as músicas que eram executadas na residência dos Palatnik. ”

Chuviscos
Terceiro dia emendado de apenas chuviscos, um final de abril preocupante. No Rio Grande do Norte, de terça-feira para o amanhecer de ontem, neblinou em sete municípios, quase todos no Oeste: São Rafael, 11 milímetros, Serra do Mel, 5, São Rafael e Upanema, 4.

No Ceará, menos ainda. Somente em três municípios há registros de chuviscos. Fortaleza 6 milímetros. Na Paraíba, o mesmo cenário. A neblina mais robusta foi no município de Conde, no Litoral Sul, 3,8 milímetros.
As previsões para hoje nos três estados não animam.

Alberto Dines
Na coluna de Ancelmo Gois, encontro notícia sobre Alberto Dines, dos maiores jornalistas deste país:
– A Edições de Janeiro está lançando o livro “Ensaios em homenagem a Alberto Dines”, sobre o coleguinha, que completou 85 anos. Organizado por Avraham Milgram e Fábio Koifman, o livro reúne artigos sobre o jornalista e autor de 15 livros, entre eles “Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig” (1981), adaptado para o cinema por Sylvio Back, em 2002.

Igreja  Final da tarde de ontem o papo estava meio melancólico, de vagar mesmo, na calçada do Cova da Onça. O mote desanimador: a divisão da igreja.  Mestre Gaspar lembrou uma frase de Dom Hélder Câmara:
“Abraçar! O abraço pode tornar-se uma prece pela união. ”
E emendou com outra:
“Talvez seja pensando na união dos homens que me agrada tanto a Ciranda! ”
O poeta Castilho, ao lado, muito previdente, só anotando.

Em Mossoró  Tem gente de Natal pegando hoje cedo a estrada no rumo de Mossoró para assistir, à noite, a festa da posse do médico e prosador Silvério Soares de Souza Neto na Academia Mossoroense de Letras, que é presidida pelo Elder Heronildes da Silva.

Limpeza  A Urbana precisa dar uma passada pela Avenida Alexandrino de Alencar. Do Tirol ao Alecrim cortando o Barro Vermelho. Muita sujeira. Nos arredores, idem.

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