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Os principais componentes do Vinho: Taninos II

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O assunto tanino é imensamente vasto no âmbito do vinho. Esta matéria encerra esse tema deixando aberto um amplo ambiente de pesquisa aos leitores que quiserem se aprofundar. Na medida em que o vinho envelhece, os taninos presentes na bebida vão perdendo sua força (suavizando) e tornando o vinho mais delicado. Suas funções na bebida são muitas, mas cabe destacar aqui duas da maior importância. A primeira delas é dá estrutura (substância) ao vinho, atuando como um conservante natural para prolongar a longevidade da bebida. A outra está relacionada à estabilização da cor dos vinhos tintos. As técnicas utilizadas na vinificação para incorporar tanino à bebida são inúmeras, iniciando pela escolha da variedade da uva, geneticamente mais tânica, e adentrando por técnicas usuais na vinificação como maceração pré-fermentativa, fermentação a temperaturas mais altas, maceração pós-fermentativa, estágio em barricas de carvalho novo, etc.
Para identificar vinhos mais tânicos observe inicialmente à variedade da uva
Para identificar vinhos mais tânicos observe inicialmente à variedade da uva. Castas de pele mais espessas (grossas) terão sempre mais taninos, que somado ao baixo rendimento do vinhedo (consistência dos bagos) e das técnicas de maceração, tornarão seus vinhos mais estruturados (tânicos). Tannat, Cabernet Sauvignon, Baga, Nebbiolo, Petit Verdot e Sangiovese Grosso, são algumas das variedades de uvas recomendadas para os consumidores que preferem vinhos com mais pegada.

Do lado oposto estão as uvas de peles finas que guardam poucos taninos e geram vinhos mais leves como Pinot Noir, Gamay, Cabernet Franc, etc. É importante esclarecer que os taninos quando maduros na uva não transferem qualquer cheiro ou sabor ao vinho. Porém, quando verdes, podem apresentar aromas excessivamente herbáceos e um sabor amargo gustativamente reprovável no vinho. Termos relacionados à textura da bebida como: aveludado, redondo, macio, áspero, sedoso e rascante, estão relacionados à qualidade dos taninos presentes no vinho. 

Grandes vinhos tânicos
Há no mundo do vinho alguns caldos ícones historicamente conhecidos por seu poder tânico e conseguinte longevidade, produzidos com variedades de uvas especialmente ricas em tanino. O italiano Barolo, vinho da região do Piemonte, elaborado com a uva Nebbiolo, conhecido por sua dureza quando jovem e por sua incrível elegância quando maduro. Os grandes Bordeaux, especialmente os da margem direita do estuário rio Gironde, nos quais a Cabernet Sauvignon têm presença marcante. São vinhos que alcançam uma grande longevidade. Os vinhos portugueses produzidos com a casta Baga, da Bairrada, necessitam muitos anos para se tornarem palatáveis. Vale esclarecer que mesmo estes vinhos, apresentam versões modernas em que o gerenciamento do vinhedo e as técnicas de vinificação permitem que o vinho chegue ao mercado já palatável, mas com ampla possibilidade de melhorar e crescimento com o tempo. 

Vinho da Semana
Como o assunto é tanino, o vinho desta semana será ao mesmo tempo tânico e tocante. Lídio Carraro Tannat 2010 Grande Vindima. Vinho brasileiro da vinícola Lídio Carraro, produzido no terroir de Encruzilhada do Sul. Elaborado pela enóloga Monica Rossetti, este vinho expressa com maestria o Tannat do Sul do Brasil. Com 06 anos de vida encontra-se ainda em ascensão, com taninos em plena evolução, sedimentos (carece decantação) despertando diferentes sensações, como força e classe ao mesmo tempo, tornando pequena a taça. Um vinho que expressa como nenhum outro a filosofia purista da Lídio Carraro.  

Agosto do Vinho na Cidade

25/08 Degustação de Grandes Espumantes Brasileiros com 14 rótulos distintos no Deck do Restaurante Camarões Roberto Freire. O maior painel de ícones produzidos no sul do Brasil já apresentado em prova no Nordeste. Reservas com este consultor pelo fone (84) 9-9996-1756.

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