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Os riscos de cada um

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A pesquisa do Ibope indicando a possibilidade de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro chegarem encangados no segundo turno foi o um dos motes do alongado papo de ontem na calçada do Cova da Onça, a Ribeira, coitada, seguindo no esquecimento que já faz tempo. Dá até medo de passar por baixo de suas marquises. Bolsonaro tem 28% (subiu 2%) com relação à pesquisa anterior), Haddad, 19% (subiu 10%), Ciro Gomes, 11% (o mesmo percentual da pesquisa anterior), Alckmin, 7% (dois pontos a menos) e Marina, 6% (três a menos). Pelo andar da carruagem Alckmin e Marina seriam favas contadas. O Ciro, possa ser que ainda respire até o dia 7 de outubro.

Os analistas políticos já tecem seus comentários e fazem suas projeções no rastro de Bolsonaro e Haddad.  Nesse clima o cenário estaria causando preocupações nos setores da Economia, segundo o comentário da analista política Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo, cuja cópia do artigo me foi passada no Cova pelo poeta Carlos Castillho, que está viajando esta semana no rumo de Salvador (mas volta antes da eleição).  Título do comentário da Vera: “Day After”, com o sub “Mercado analisa riscos de Bolsonaro e Haddad”. Transcrevo-o:

– Em rodas de conversas nas últimas semanas com representantes de bancos, fundos de investimentos, corretoras de valores e empresários do setor produtivo, passei a ouvir ponderações sobre os riscos de vitória de Bolsonaro ou de Haddad – os dois cenários mais presentes em relatórios e gráficos. Operadores de São Paulo e do Rio avaliam, com pouca dissonância, que Haddad traria risco mais imediato de disparada do dólar e reversão de decisões de investimentos, dada a questão do futuro de Lula.

– Para esses agentes, o PT explicitou, mais do que Bolsonaro, a intenção de dar um cavalo de pau institucional, se preciso, para livrar seu líder maior. As palavras mais amenas do candidato nos dois últimos dias, depois do “liberou geral” dos aliados, foram vistas como pouco confiáveis.

– Sobre Bolsonaro, o temor maior recai sobre suas condições de saúde e os sinais de desentendimentos no núcleo mais próximo, a começar pelo vice, o general Hamilton Mourão. ”

Desalento
A situação da candidatura do tucano Geraldo Alckmin também está na outra parte do artigo de Vera Magalhães. Destaco alguns trechos começando pelo começo:

– O clima do PSDB é de desalento. Esgotados todos os prazos fixados por Geraldo Alckmin para “realizar” seu potencial de crescimento eleitoral e a 18 dias das eleições, a esperança passou a ser o surgimento de algum “fato novo”, portanto exógeno à própria campanha, ou de um sentimento de última hora que uma o eleitor moderado em torno do tucano.

– Na busca pelo fato novo, pessoas próximas a Fernando Henrique Cardoso tentaram convencê-lo a procurar Álvaro Dias e Henrique Meirelles e fazer um apelo pela união tardia do centro em torno de Alckmin. O ex-presidente não se animou a dar esse passo de novo. De acordo com um de seus mais diretos interlocutores, FHC avalia que o quadro está caminhando para se definir na polarização entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

– Agora, diante da chance real de o PSDB ser substituído pela direita genuína, depois de servir de cavalo de Troia para ela desde 1994, com a aliança com o PFL de Bornhausen e a ACM, os tucanos, perplexos, se dividem sobre o que fazer no segundo turno caso estejam mesmo assistindo da janela. O mais provável é que o partido se exima de apoiar alguém, mas não serão poucos os tucanos a pousar num e noutro poleiro. O mesmo vale para Centrão, que, antes mesmo da reunião da Rua Alasca (a ironia do endereço), já se divide numa diáspora nem tão silenciosa. ”

Insegurança absoluta
Menos de uma semana após o governo do Estado ter anunciado cinematograficamente a “Operação Natal Segura”, a bandidagem continua dando de goleada na capital e no interior.  No amanhecer de ontem, coisa das 4 da madrugada, os mesmos bandidos de sempre assaltaram a agência do Santander, da avenida Roberto Freire, caminho de Ponta Negra, levando toda a grana de 4 caixas eletrônicas.

Nenhum sinal da Polícia. A avenida Roberto Freire é uma das mais importantes e movimentadas de Natal, passagem de turistas, roteiro de bares e restaurantes, coisas na moda. Preferida também pelos bandidos. Natal toda é preferida, o Estado todo.

Insegurança lidera
A insegurança pública no Rio Grande do Norte foi manchete de capa da Tribuna do Norte de ontem:  “O Rio Grande do Norte cai em competividade com outros estados e a insegurança é a principal causa. ” O Estado está em 24º lugar no ranking nacional.

São dados do Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Consultoria Tendência e com a Economist Intelligence Unit (EIU).

Livro

Será amanhã, no Instituto Ludovicus (Instituto Câmara Cascudo) o lançamento dos livros Palmira Wanderley: entre trinta botões de uma roseira brava, de Humberto Hermenegildo de Araújo e João Maria P. Palhano, e Interlocuções latino-americanas: Câmara Cascudo e escritores estrangeiros, de Humberto Hermenegildo e José Maria da Silva.

Começa às 16 horas. O Ludovicus fica na avenida Câmara Cascudo, 377, Cidade Alta já encostando na Ribeira, onde morou o Mestre. 

Almoçando

Na confraria dos bons papos almoçavam ontem no Lula Restaurante, Manoel de Medeiros Brito, Padre João Medeiros Filho, Valério Mesquita, Cláudio Emerenciano, Vicente Serejo e este orador que vos fala. João Batista Machado, secretário, levou falta. O guisado de guiné estava ótimo. O feijão verde, a farofa com ovo e o arroz com leite, idem.

Assuntos variados com os temperos devidos. Pouquinho de política, sem sal.  Uma boa nova: Manoel de Brito confirmou para novembro o lançamento de seu livro de memórias, Tempos Marcantes.

Livraria

Notícia ruim. Deu na coluna de Ancelmo Gois, de O Globo:

– A Livraria Cultura, na UTI, tenta pagar o que deve ás editoras. Contudo, está pedindo para parcelar as dívidas, até as pequenas, de R$ 20 e poucos mil, em um ano e meio.

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