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Oswaldo Lamartine

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A revista do Tribunal de Contas do Estado lançada agora em dezembro presta uma homenagem ao escritor Oswaldo Lamartine de Faria.   Bela edição que começa logo na capa, a partir de uma foto de Candinha Bezerra mostrando Oswaldo entre pedras e cactáceas, espinhos, em sua Fazenda Acauã, que se completa com o desenho do ferro de Oswaldo (ferro de ferrar gado) e com a palavra ‘Sertões”, escrita em alfabeto armorial, criação de Ariano Suassuna a partir dos desenhos dos ferros de ferrar gado. A revista tem 160 páginas, sendo 32 delas dedicadas ao grande sertanista, acrescentado aí mais 12 páginas só fotos sobre o sertão, paisagens panorâmicas captadas pelas lentes do fotógrafo João Gilberto.  Giovani Sergio completa o trio retratistas.

O alfabeto armorial não se restringe apenas aos títulos e legendas do capítulo sobre Oswaldo Lamartine. Também está presente nos assuntos técnicos próprios do Tribunal de Contas, umas 100 páginas que retratam as suas atividades deste ano, pareceres, julgamentos, relatórios, artigos técnicos.  Os editores da revista fizeram um gol de placa usando o armorial na edição da revista. O editor é Eugênio Parcelle da Silva e o projeto gráfico e diagramação de Fernando de Souza Silva.

Sobre Oswaldo Lamartine, sua vida e sua obra, a revista reuniu textos de Cassiano Lamartine, seu filho  (“Oswaldo Lamartine de Faria, meu pai”), de Marize Castro (“Oswaldo Lamartine : Os meus rastros são os meus livros”) Vicente Serejo (“O Príncipe do sertão de nunca mais”), de Mário Ivo Cavalcanti (“sertões sertões”, do Padre João Medeiros Filho (“Oswaldo, um homem de fé”), do editor Abimael Silva (“O Oswaldo  Lamartine que conheci”) além da entrevista que ele deu (a última da sua vida) ao jornalista Sergio Vilar, publicada no Diário de Natal em 2006 (“O Dotô do Sertão”).

Taí uma leitura especial para este final de ano, emendado com o começo do outro. Esta homenagem do Tribunal de Contas a Oswaldo Lamartine incluo entre os fatos mais importantes ocorridos no calendário literário deste ano em nossa aldeia cultural.  Destaco um trecho do artigo-depoimento do Padre João Medeiros Filho:

– Oswaldo era um místico. Para ele, a religião é a grande poesia do ser e do viver. Deus faz-se presente no grande templo da natureza e no coração humano. Não há limites para a prece e para o amor. Assim pensava meu ilustre amigo.  Deus é invisível. Aliás, Exupéry proclama em O Pequeno Príncipe que o Essencial é invisível aos olhos. Se Deus é o autor da discrição, do mesmo modo devem ser seus filhos. Compreendi os gestos de Lamartine, enquanto esperava o sacristão da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens (no Rio de Janeiro) fechar as portas, pois queria ficar a sós, de joelhos, mãos postas, ouvindo o grande silêncio de Deus. Assim era a sua oração. Como Cura d’Ars ficava calado diante do sacrário. Não repetia palavras, pois tinha consciência de que Deus conhece o nosso íntimo. Ele é um Pai-Mãe, fonte de mansidão e doçura, encanto da alma, origem de toda paz e felicidade. ”

Política
Deu na coluna BR18, do Estadão:

– Em busca da consolidação de sua posição de independência em relação ao futuro governo, o MDB cobrou mais atenção dos próximos dirigentes do País à votação do Orçamento da União. Sem fazer referências diretas ao governo de Jair Bolsonaro, a conta oficial do partido publicou hoje comentários criticando os debates de “assuntos inócuos e mudanças de costumes, convites e desconvites”, lembrando que esses atos “não resolvem nossa questão orçamentária e nem geram mais investimentos e emprego”.

– Nos últimos dias, Jair Bolsonaro e seus aliados declararam que estavam retirando o convite enviado aos governos da Venezuela e de Cuba para a posse presidencial. Além disso, políticos bolsonaristas também têm defendido constantemente agendas de costumes. Para o MDB, esse foco não é correto. “Devemos nos ater ao que realmente importa para o Brasil: controle de gastos, equilíbrio nas contas e gestão eficiente, ”, acrescenta o texto publicado na conta oficial do partido. ”

Chuva em Mossoró
Começo da tarde de ontem cai na minha bacia das almas imeio de David Leite dando notícias de chuvas em sua Mossoró:

“Woden, salve!

Depois de uma manhã de empo bonito (fechado, como diria um saudoso pai), agora, uma da tarde, chove a cântaros em Mossoró. Chuva grande que faz lembrar os banhos da meninada pelas redondezas do patamar da igreja de São Vicente.

Sim, e a chuva de hoje tá sendo entremeada com os estrondos do “pai da coalhada” ecoando nos céus da terra de Santa Luzia.

Pedras de sal
David Leite conta mais:

“E, nesses dias por aqui, também procurei saber dos velhos amigos da zona rural mossoroense (mais precisamente os que vem pelas margens do Rio Carmo, onde fui menino…) quem tinha feito a experiência das pedras de sal. Totim, filho de Ciço Pião, fez e disse que foi muito boa. Muitas pedras (e meses) derretida. Amém, que assim seja!

Chuva 

Choveu em outras partes do Rio Grande do Norte, principalmente no Litoral (Sul e Norte), Sertão do Mato Grande e Tromba do Elefante, mas a Emparn não registrou nada no seu boletim de ontem. Mostra apenas o mapa com as manchas da chuva.

Continua chovendo no Ceará. A maior chuva de ontem foi no município de Trairi, Litoral do Pecem, 65 milímetros. Em Pacoti, no Maciço do Baturité, 60.

Posse 

Amanhã, ás 10h30, tem a sessão de posse do novo presidente do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, conselheiro Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior. Mandato de dois anos (2019/2020). O vice-presidência e da conselheira Maria Adélia Sales.

Livro 

Dica de Caetano Veloso no rastro da campanha “Dê um livro no Natal”, segundo Ancelmo Gois, em sua coluna de O Globo:

“Maquinação do mundo”, de José Miguel Wisnik”. Caetano acrescenta: “Um belo livro sobre um poema específico de Drummond, que resulta em estudo de toda a sua poesia e da sua história dentro da história recente do Brasil.”

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