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Lydia Medeiros

Geraldo Alckmin foi lançado pré-candidato à Presidência da República ontem por um PSDB diferente do que alçou Aécio Neves à mesma condição em 2014. Longe do clima festivo do ato político, cheio de líderes de vários estados, preparado para o mineiro naquele ano, o governador de São Paulo foi oficializado de forma protocolar pela Executiva Nacional, em Brasília, sem o prestígio nem mesmo de todos os parlamentares do partido. Com menos de dois dígitos nas pesquisas, ele enfrenta a desconfiança interna e o temor dos tucanos de que o PSDB não repita o que ocorre há seis eleições presidenciais: não vencer no primeiro turno ou sequer chegar ao segundo. Um reforço para o medo: a pulverização de possíveis candidatos de centro, como Michel Temer (PMDB), Alvaro Dias (Podemos) e Rodrigo Maia (DEM).

Domínio da reda
Acuado pela baixa adesão das ruas e pelo cerco de opositores à caravana de Lula pelo Sul, o PT cobra engajamento da militância nas redes sociais. Com a dificuldade de organizar atos públicos expressivos, a participação dos apoiadores despencou, e os adversários acabaram dominando as redes com críticas. “Estamos perdendo na narrativa e na ocupação de espaço”, avisou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (foto), em uma mensagem para cobrar reação dos militantes.

Sequência de nós
Mesmo com a solução Antonio Anastasia em Minas Gerais, a formação de palanques regionais continua sendo o primeiro problema para Geraldo Alckmin enfrentar. No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral, o partido ainda não fechou aliança ou nome próprio. Na Bahia, quarto colégio eleitoral, quer uma aliança com o prefeito ACM Neto, o que joga o presidenciável tucano novamente no imbróglio das muitas candidaturas de centro: o possível candidato ao governo do estado é presidente do DEM, que lançou Rodrigo Maia.

Segunda chance 
Sobre o esvaziamento do lançamento oficial da pré-candidatura de Alckmin, tucanos dizem que haverá outro evento, em São Paulo, quando ele deixar o governo do estado, em abril.

Sem solução
Em meio a denúncias de que partidos do centrão fazem negócio com os recursos dos fundos eleitoral e partidário para atrair adesão na janela partidária, o PSDB não conseguiu avançar, na reunião da Executiva Nacional, ontem, em uma fórmula para a distribuição desses recursos. O único ponto apresentado é que o PSDB terá R$ 210 milhões para dividir entre todos os candidatos: presidente, governadores, senadores e deputados.

Ausências
Candidato à reeleição pelo Rio Grande do Sul, estado em que o PT enfrenta forte resistência, o senador Paulo Paim é um dos petistas que não prestigiaram a estreia da caravana de Lula. Alegou ao comando do PT do Rio Grande do Sul compromissos previamente agendados na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Diz que irá ao encerramento do périplo de Lula pelo estado, em São Leopoldo, comandada pelo PT.

Palavra abolida
Apesar de não admitir nem comentar sobre o caso publicamente, internamente, o Planalto vem adotando uma regra para evitar dar visibilidade ao pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Por ordem de Temer e seus ministros, órgãos do governo federal estão proibidos de usar, em suas publicidades e peças de comunicação, a expressão “mito”, como o deputado é chamado por seus apoiadores.

DR 
Temer deve conversar hoje com o comando do DEM sobre a corrida eleitoral e a reforma ministerial. Devem participar o presidente do partido, ACM Neto, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, que sairá para concorrer. O pré-candidato da sigla à Presidência, Rodrigo Maia, não é esperado.

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