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Outros fatores influenciam o voto

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Apesar do grau de instrução estar relacionado à eficiência administrativa e qualidade dos debates, esse é apenas mais um ponto que a população pode levar em consideração na hora de votar. Para o cientista político e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Bruno Oliveira, as próprias deficiências na educação do Brasil, que tem uma minoria com Ensino Superior completo, se refletem na percepção do eleitor e, por isso, também não é sinônimo de boa administração e representatividade.
Comissão realizou primeira reunião de trabalho no início desta semana na sede do TRE em Natal
#SAIBAMAIS#“Este não deve ser único elemento determinante para a qualificação de um candidato. Se for considerar o grosso da população, a maior parte não consegue chegar ao nível superior. O problema educacional é muito grande. A diversidade de representantes de camadas populares pode exercer grande mandato mesmo sem níveis de instrução elevados”, explicou.
Os números isolados podem não indicar que esse é um fator fundamental considerado pelos eleitores. Seria preciso realizar uma pesquisa qualitativa, mas é possível observar uma tendência. Nota-se que, nas últimas Eleições, o percentual de eleitos entre os que tinham maior escolaridade ficou acima dos 20% dependendo do cargo, chegando a quase metade dos que disputavam a administração das Prefeituras e tinham graduação.
O cientista político Bruno Oliveira fez um alerta que elitizar as Eleições pode não contribuir para a representação e participação popular. “Temos centenas candidatos a vereadores e muitos representam certos segmentos, região ou público. A construção da liderança e da própria história acaba tendo ainda mais importância que o grau de instrução. Eu acho que não é porque tem ‘estudo’ que tem maior qualificação”, ressaltou.
Em 2016, nenhum dos 25 candidatos a prefeito com Ensino fundamental completo foi eleito, mas 4 dos 19 que não chegaram a concluir o 9º ano se elegeram. Já entre os aspirantes a vereador, 146 dos 890 se elegeram com Ensino Fundamental completo além de 188 dos 1.223 com Ensino Fundamental incompleto.
Quando o grau de instrução é maior, é possível observar que nas últimas eleições municipais, 102 dos 218 candidatos a prefeito e 452 dos 1.690 postulantes a vereador foram eleitos com Ensino Superior completo. O número dos que terminaram o Ensino Médio, mas estavam com a graduação incompleta ficou em 8 prefeitos eleitos, entre 30 candidatos e mais 95 dos 404 que disputaram o cargo de vereador nos municípios potiguares.
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