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Pacientes vivem espera angustiante

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Arthur Barbalho
Repórter

Os corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de urgência e emergência do Estado, permanece superlotado, diariamente. A rotina preocupa funcionários e, principalmente, pacientes e acompanhantes. Eles sofrem com leitos improvisados e dificuldades para receber atendimento. O problema agravou-se nos últimos dias. Isso porque o Hospital Memorial, referência em ortopedia e responsável pelas cirurgias de  pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) parou de receber casos oriundos do HMWG, vez que não recebe os repasses por parte do Estado e do município de Natal.
Francisca Paulino, 86 anos, está internada há 14 dias no HWG
#SAIBAMAIS#De acordo com dados do próprio Hospital Walfredo Gurgel, somente ontem (28), 83 pacientes estavam internados no setor de ortopedia, aguardando cirurgia. A grande maioria é de vítimas de acidentes de motocicleta e também de idosos. Há casos em pessoas que estão há 15 dias internados aguardando por uma cirurgia eletiva, que são realizadas no Hospital Memorial e em outras duas unidades médicas da capital.

Uma dessas pacientes é a Francisca Paulino de Lima, de 86 anos. Há 14 dias internada após quebrar o fêmur, ela não sabe quando vai ser operada. “O que é possível ser feito aqui, eu vejo a equipe do hospital fazendo. Mas tem muito paciente para pouco funcionário. Ontem, pensei em tirar minha mãe daqui para ela morrer em casa. Fiquei sem esperança”, disse a dona de casa Maria Paulino, que se divide com uma irmã no acompanhamento da mãe. “Eu não sei quando minha mãe vai passar pela cirurgia. Se fosse a mãe do governador sofrendo aqui, quanto tempo ela iria ficar no corredor aguardando por uma cirurgia?”, lamentou.

Em outro caso registrado no Walfredo Gurgel, a família da idosa Maria Marta de Brito Soares, de 86 anos, precisou entrar na Justiça para garantir que ela fosse operada. “Hoje (quinta-feira) faz 14 dias que mãe está aqui. Na segunda-feira (25) nós conseguimos uma liminar que dava o prazo de cinco dias para que Sesap (Secretaria de Saúde Pública do RN) transferisse ela para uma unidade que realize o procedimento. O hospital foi notificado agora no início da tarde e minha mãe vai ser transferida ainda hoje”, disse o funcionário público Jorge Brito, filho da idosa. “É uma pena que tenhamos que acionar a Justiça para garantir algo que deveria ser de acesso a todos. Só assim para que garantir que o Estado cumpra com o que lhe é dever”, complementou ele.

De acordo com a assessoria de comunicação do HMWG, a unidade realiza apenas cirurgias de urgência, logo que os paciente dão entrada no Pronto Socorro Clóvis Sarinho. Todas os procedimentos eletivos são feitos em três unidades privadas através de convênios com o Estado e o município. São elas: Hospital Memorial, Hospital Médico-Cirúrgico e Prontoclínica Paulo Gurgel.

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