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Pacote econômico domina debate nos Estados Unidos

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ELEIÇÕES EUA - McCain e Obama se cumprimentam ao chegar para  debateNova York (AE) – Economia e crise financeira foram os temas da primeira parte do debate presidencial dos Estados Unidos, na noite de sexta-feira, cujo tema central tratava de política externa. No debate que durou cerca de uma hora e meia, os candidatos asseguraram que vão votar pela aprovação do plano de resgate proposto pela administração federal e reconheceram que a crise financeira irá obrigá-los, uma vez eleitos, a abrir mão de partes do que gostariam de fazer no governo em face da crise financeira. Os dois candidatos ainda enfatizaram que o plano de resgate proposto pelo governo tem foco na chamada ‘main street’, que é a população, e menos nas instituições em Wall Street. Todas as questões tratadas no programa foram escolhidas pelo moderador Jim Lehrer, apresentador da TV pública PBS, que realizou o debate em Oxford, na Universidade do Mississippi. Entre os regulamentos do debate, a platéia não poderia fazer manifestações de apoio nem repúdio durante a sessão.

A primeira pergunta foi sobre a posição de cada um dos candidatos com relação ao plano de recuperação financeira proposto pela administração federal. “Estamos em momento decisivo da História, temos de nos mover rapidamente e com sabedoria”, respondeu o candidato democrata, Barack Obama. O senador de Illinois enumerou quatro itens que classificou como de “proteção para o contribuinte”. Supervisão, garantir que o contribuinte tenha o dinheiro de volta no caso de ter os recursos colocados em risco, assegurar que os recursos do plano não acabem nas mãos de executivos e ajudar os mutuários da casa própria.

O republicano John McCain, por sua vez, disse que estava se sentindo um pouco melhor naquela noite em comparação com o que sentia antes. A razão, descreveu o senador do Arizona, é que “estamos juntos, democratas e republicanos, tentando encontrar uma solução.” McCain, bem-humorado, disparou uma série de tiradas, fazendo rir até mesmo seu oponente, mas acabou resgatando diversas piadas que já havia utilizado no discurso em que assumiu oficialmente a indicação do partido, durante a Convenção Nacional Republicana.

Obama reiterou que estava “otimista sobre a aprovação do plano”, mas, antes, frisou o que classificou como “advertências” que havia feito. “Há dois anos eu adverti que por causa da bagunça subprime nos teríamos problemas”. “No ano passado, escrevi ao secretário do Tesouro (Henry Paulson), para ter certeza que ele entendia o tamanho do problema”, afirmou.  “Claro que vou votar no plano”, emendou McCain, rápido em apontar que também havia advertido para o que ocorria com as gigantes de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac.

Barack Obama explora contradições do adversário

Durante o debate, Obama não perdeu a oportunidade de citar as afirmações anteriores de McCain de que os fundamentos da economia eram sólidos, e o republicano encontrou oportunidade para dizer novamente, que algumas das declarações do democrata com relação à política externa eram “inocentes”. Quando indagados sobre o que fariam para colocar a economia em ordem, McCain destacou controle de gastos federais e “congelamento” dos mesmos, assim que tomasse posse. “Esta é uma das diferenças principais que temos”, afirmou.

O democrata reconheceu que era necessário maior controle dos gastos, mas rebateu que aumentaria gastos em educação, por exemplo. Corte de impostos foi a menção seguinte, com Obama atacando McCain, dizendo que este último cortaria imposto para ajudar os ricos e as corporações. O republicano, citando a carga tributária dos EUA, em 35%, rebateu que uma carga tributária menor poderia gerar mais empregos e fazer os negócios crescerem no país.

Os candidatos reconheceram que a crise financeira irá, sim, alterar o plano que têm traçado para governar o país. O democrata lembrou que ainda é preciso estimar o Orçamento que teria disponível para o próximo ano. “Não há dúvida que não vamos ser capazes de fazer tudo o que achamos que precisa ser feito”, reconheceu Obama. McCain reiterou a necessidade de cortes de gastos federais, mas ressalvou que gasto em de defesa é “vital”. Em resposta, o democrata devolveu: “foi o seu presidente que conduziu este aumento e orgia de gastos”.

Na seqüência, o foco do debate mudou para o Oriente Médio, com questões sobre Iraque, Afeganistão, Paquistão e Irã. Depois, na seqüência, o tópico foi relações com a Rússia e 11 de setembro. O moderador queria saber se os candidatos acreditavam se havia uma chance para um novo ataque terrorista como o de 2001. McCain disse que a chance é muito menor, enquanto Obama avaliou que o país está muito mais seguro, mas “há um caminho longo a seguir. A maior ameaça não é míssil nuclear, é (um artefato) vindo em uma mala”, falou, para afirmar que o país precisava, sim, de defesa antimíssil. Na despedida, ao final do programa, as esposas dos candidatos, Michelle Obama e Cindy McCain, que assistiam ao debate, subiram no palco e os quatro trocaram cumprimentos.

Obama e McCain trocam acusações sobre o Iraque

Oxford (AE) – Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, nos momentos mais acalorados do primeiro debate presidencial das eleições presidenciais de 2008, se criticaram sobre as políticas para a guerra do Iraque, com o democrata Barack Obama questionando o republicano John McCain por ele ter votado a favor de ir à guerra contra o Iraque em 2003. McCain disse que Obama estava errado em não apoiar o reforço de tropas de 30 mil soldados feito pelo presidente americano George W. Bush no Iraque no ano passado, uma estratégia que reduziu a violência no país do Oriente Médio, ocupado pelos EUA.

Obama reconheceu que a situação melhorou após o reforço, mas disse que a guerra do Iraque representa um conflito que desvia os militares americanos do verdadeiro objetivo, que é a guerra contra o terror e a caça ao líder terrorista Osama bin Laden, que ainda estaria escondido na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

Os candidatos mantiveram o foco na cambaleante economia americana pelo primeiro terço do debate de 90 minutos na Universidade do Mississippi, um confronto que deveria ter o foco apenas na segurança nacional e na política externa. McCain sugeriu um congelamento em todos os programas federais, com exceção da defesa, dos pagamentos e benefícios aos veteranos de guerra e questões como pagamento de aposentadorias da Seguridade Social e gastos no orçamento do Medicare, o programa de saúde.

Cada candidato tinha objetivos diferentes antes do primeiro debate. Obama queria garantir aos americanos que ele é o mais indicado para a missão presidencial de ser o comandante em chefe das forças armadas do país. Com os eleitores afetados pela crise financeira e muito ansiosos com o futuro, ele precisava mostrar empatia, principalmente com a classe trabalhadora, que até agora não demonstrou entusiasmo pela sua candidatura.

McCain, que abriu a campanha enfatizando sua longa experiência em Washington, agora enfrenta o desafio de se separar do impopular presidente Bush, que é cada vez mais reprovado pela opinião pública, agora que o mercado financeiro ameaça ruir. Ele também precisava afastar preocupações com a sua idade e por ter sofrido câncer de pele.

Barack Obama explora contradições do adversário

Durante o debate, Obama não perdeu a oportunidade de citar as afirmações anteriores de McCain de que os fundamentos da economia eram sólidos, e o republicano encontrou oportunidade para dizer novamente, que algumas das declarações do democrata com relação à política externa eram “inocentes”. Quando indagados sobre o que fariam para colocar a economia em ordem, McCain destacou controle de gastos federais e “congelamento” dos mesmos, assim que tomasse posse. “Esta é uma das diferenças principais que temos.”

O democrata reconheceu que era necessário maior controle dos gastos, mas rebateu que aumentaria gastos em educação, por exemplo. Corte de impostos foi a menção seguinte, com Obama atacando McCain, dizendo que este último cortaria imposto para ajudar os ricos e as corporações. O republicano, citando a carga tributária dos EUA, em 35%, rebateu que uma carga tributária menor poderia gerar mais empregos e fazer os negócios crescerem no país.

Os candidatos reconheceram que a crise financeira irá, sim, alterar o plano que têm traçado para governar o país. O democrata lembrou que ainda é preciso estimar o Orçamento que teria disponível para o próximo ano. “Não há dúvida que não vamos ser capazes de fazer tudo o que achamos que precisa ser feito”, reconheceu Obama. McCain reiterou a necessidade de cortes de gastos federais, mas ressalvou que gasto em de defesa é “vital”. Em resposta, o democrata devolveu: “foi o seu presidente que conduziu este aumento e orgia de gastos”. Na seqüência, o foco do debate mudou para o Oriente Médio, com questões sobre Iraque, Afeganistão, Paquistão e Irã. Depois, na seqüência, o tópico foi relações com a Rússia e 11 de setembro. O moderador queria saber se os candidatos acreditavam se havia uma chance para um novo ataque terrorista como o de 2001. McCain disse que a chance é muito menor, enquanto Obama avaliou que o país está muito mais seguro, mas há um caminho longo a seguir.

Obama  venceu o debate, mostra pesquisa da CBS

O candidato democrata Barack Obama foi o vencedor do debate da campanha presidencial, realizado sexta-feira à noite na Universidade do Mississipi. É o que revela pesquisa realizada pela rede de televisão de rádio CBS. A pesquisa ouviu 500 eleitores que se declararam indecisos sobre em que vai votar nas eleições de novembro. Para 39% dos entrevistados, Obama teve uma performance superior a de seu adversário, contra 25% que apontaram McCain. Vinte e seis por cento acharam que o debate foi equilibrado, sem vencedores.

A pesquisa mostra também que Obama conseguiu melhorar ainda mais sua imagem de homem capaz para administrar a única superpotência do planeta. Segundo a CBS, 46% disseram que agora tem uma melhor imagem do democrata contra 31% que apontaram McCain.

Os pesquisadores perguntaram qual dos dois estava mais preparado para enfrentar os desafios da economia. 66% apontaram Obama e 44% McCain. A margem de erro da pesquisa é de 4 pontos percentuais para cima ou para baixo. Outros institutos prometiam divulgar pesquisas sobre o debate neste final de semana.

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