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Pai de Santo preso por ocultação de cadáver confirma mais crimes

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Edilma Dantas de Souza foi assassinada em ritual de magia negraA equipe da Delegacia Especializada de Polinter e Capturas (Decap), comandada pelo delegado Ben-Hur Cirino de Medeiros, investiga se os três homens presos sob acusação de matar uma mulher em suposto ritual de magia negra podem ter cometido outro assassinato. Um dos suspeitos, João Maria Guedes (segundo a polícia, conhecido por “João Macumbeiro”), disse em depoimento que teria participado da ocultação de cadáver de uma adolescente de 13 anos de idade e que o crime fora cometido por Jarbas Gomes de Meneses. Há a suspeita de que pelo menos mais duas pessoas tenham sido mortas, uma em Macau e outra em São Miguel do Gostoso, mas a polícia ainda vai investigar os casos para confirmar.

Ainda segundo João Maria, a menina foi assassinada também em suposto ritual de magia negra e o corpo jogado na Lagoa de Extremoz, manancial usado no abastecimento à zona norte de Natal. O delegado afirma que o caso também será investigado e não descarta a possibilidade de ao longo das investigações surgirem outros crimes.

A ação dos três suspeitos passou a ser investigada pela Decap em função da queixa de desaparecimento de  Edilma Dantas de Souza, de 41 anos, cujo corpo foi localizado ontem após indicação de um dos suspeitos em um imóvel no Jardim Progresso, na capital. A casa pertence a João  Maria Guedes da Silva, mais conhecido como João Macumbeiro, que era amigo da vítima e dos familiares dela. Edilma estava desaparecida desde o dia 1º de abril.

João Maria já havia sido preso por força de um Mandado de Prisão na última segunda-feira (20), ocasião em que ele resolveu confessar o crime e denunciar a participação dos outros dois acusados, presos ontem (21), identificados como sendo o Jarbas Gomes de Meneses, vulgo “Lilico”, e Gildásio Cardoso Gomes.

#SAIBAMAIS#Segundo o Delegado Ben-Hur Cirino de Medeiros, que presidiu as investigações do caso, no último dia 03 de abril o irmão da vítima de nome Gilvan havia ido à Especializada para denunciar o desaparecimento da vítima e a partir disso iniciaram-se as investigações. “O irmão dela havia nos relatado que no dia 1º de abril Edilma havia saído da casa da mãe, no bairro Nordeste com destino a Jardim Progresso, na Zona Norte, para visitar a casa de João Maria para que este que fizesse um trabalho de macumba com o objetivo de aproximar uma pessoa dela”, explicou.

O delegado disse que João Maria foi ouvido por diversas ocasiões, sempre contando versões duvidosas, passando a ser um dos principais suspeitos do desaparecimento. “Acreditávamos que ele tinha participação, mas até então confiávamos que Edilma ainda estava viva”, relatou Ben-Hur. Após investigações e indícios da autoria dele no crime, foi solicitado o Mandado de Prisão concedido pela Justiça.

João Maria confessou também que resolveram matá-la num ritual de magia negra, porque Jarbas teria dito a ele que preferia uma mulher solteira e que não tivesse filhos, pois “ficariam mais fortes diante de Lúcifer”.
Local onde a Polícia Civil encontrou o corpo de Edilma Dantas, no loteamento Jardim Progresso
O corpo de Edilma de Souza foi encontrado despido e com mãos e pés amarrados, confirmando o que João Maria já havia dito à Polícia Civil. Em depoimento, Gildásio, que é primo de Jarbas, negou as acusações alegando que João Maria o havia incriminado por eles terem uma rixa. Jarbas também negou o assassinato dizendo que João Maria o havia chamado para ir na casa deste para fazer um trabalho, mas chegando ao local quando percebeu a intenção de João em assassinar a vítima teria resolvido ir embora. João Maria reafirmou a participação dos dois suspeitos e disse ainda que “está arrependido” e que “quer se tornar evangélico”.

Para o delegado Ben-Hur Medeiros, o crime foi premeditado pelo trio.  Os acusados foram presos sob Mandado de Prisão Temporária e devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Crime

Em depoimento à Polícia Civil, João Maria Guedes da Silva conta os detalhes de como foi praticado o assassinato. Ele disse que, no dia 1º de abril convenceu a vítima a ir até a residência de Jarbas Gomes, pois lá teria um espaço maior para realizar o trabalho de macumba que ela havia pedido. Chegando ao local, por volta da meia-noite, Jarbas deu uma bebida feita com ervas para entorpecer Edilma, que ficou desorientada. Em seguida eles a deitaram no chão em cima de um pano preto e colaram velas ao redor e na cabeça dela. Depois derramaram sangue de animal em cima de Edilma e o próprio João teria colocado as mãos no pescoço da vítima, ainda desorientada, e a esganado até a morte. Após isso eles levaram o corpo num veículo até a casa de João e a enterraram no quintal.

Atualizada às 17h10 / Com informações da Degepol

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