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Painel debate a cadeia produtiva

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As novas perspectivas para a indústria do petróleo no Rio Grande do Norte estão centradas em um ponto: a chegada de novas empresas que trarão novos investimentos para retomar a exploração dos campos maduros em terra do Estado. O tema foi abordado tanto na abetura do evento, durante o discurso do presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, como no painel de encerramento do Seminário, intitulado “Novas Perspectivas da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás no Rio Grande do Norte”.

O presidente da Fiern deu início ao evento destacando a importância da indústria para o Estado. Em 2018, o RN tinha 3.532 poços, os royalties geraram R$ 436 milhões à economia potiguar. “São número que já forma maiores, mas ainda são bastante importantes para a economia do Rio Grande do Norte, e sabemos que o Reate pode descortinar esse novo momento para a indústria potiguar”, disse o presidente, que também mediou o painel de debates com os representantes da área petrolífera.
Representantes do setor destacaram a importância do Reate para a retomada da exploração

Representantes do setor destacaram a importância do Reate para a retomada da exploração

#SAIBAMAIS#Participaram do painel o presidente da Redepetro/RN, Gutemberg Dias, o Diretor de Regulação e Novos Negócios da Petrorecôncavo, João Vitor Silva Moreira, e o secretário executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), Anabal Santos. O debate foi mediado pelo presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, que introduziu o tema ressaltando o papel e a importância do Rio Grande do Norte no “jogo do petróleo”. “Mesmo com crescimento das energias renováveis, o Rio Grande do Norte vai continuar sendo um forte ator no petróleo durante muitos anos”, disse o presidente da Federação.

Primeiro a se apresentar no painel, o diretor da Redepetro RN, Gutemberg Dias, destacou que o Estado não pode somente pensar em retomar a produção, mas em como fazer isso de maneira rápida, principalmente pela perspectiva da perda do valor do petróleo pelo crescimento das energias renováveis. “Precisamos ter o óleo em cima da terra, não embaixo. Se esperarmos 20, 30 anos para procurar uma retomada da produção, é possível que essa riqueza seja perdida”, disse.

Dias também apresentou os resultados, em termos de geração de emprego, que a exploração do petróleo possui. De janeiro a julho deste ano, foram 106 postos de emprego gerados em toda cadeia produtiva que envolve a indústria, sendo o primeiro saldo positivo desde 2016, quando a Petrobras diminuiu a participação no território potiguar. “Essa é uma cadeia com quatro níveis, todos eles sendo fomentados por essa indústria. Isso representa emprego e renda em áreas que são, em geral, muito pobres”, acrescentou.

A visão do presidente da Redepetro é semelhante a de João Vitor Silva, da Petrorecôncavo. O diretor ressaltou que a empresa já contratou mais de 188 pessoas no Rio Grande do Norte desde que iniciou a participação local na exploração dos campos maduros. Para aproveitar o potencial que enxerga nesses campos, ele anunciou investimento de 150 milhões de dólares ao longo de cinco anos no campo Riacho da Forquilha para haver um plano de recuperação da produção.

“Nós podemos restaurar mais de 200 poços aqui no Rio Grande do Norte para produzir, cada um, 10 a 20 barris por dia com um custo bastante racional. No recôncavo baiano, “qualquer poço que produz acima de três barris de óleo por dia vale a pena ser explorado”, disse João Vitor.

Os dois representantes fazem parte de empresas com características do novo modelo de exploração do petróleo, que deixou de ser concentrado na Petrobras e passou a ser ocupado também por empresas de menor porte. Para Anabal Santos, da ABPIP, o modelo é essencial para superar uma fase que já está superada. “O antigo modelo parou de ser efetivo porque parou de se fazer investimento. A Petrobras durante algum tempo teve dificuldade de assumir isso publicamente. Ela não fazia o investimento e a produção não subia”, destacou durante o painel.

Para Anabal, esse é o momento nacional para aproveitar melhor as potências do petróleo em terra. Somente 5% das bacias terrestres no Brasil foi explorado. “Então, o País nem conhece exatamente o potencial por falta de investimento”, concluiu o especialista.

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