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Palácio do Itamaraty é invadido

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Brasília – Com a paisagem da Esplanada dos Ministérios tomada pelo gás lacrimogêneo e o forte odor dos sprays de pimenta no ar usados pela força policial de cerca de 3,5 mil homens, a manifestação de ontem (20), em Brasília, registrou a invasão do Palácio do Itamaraty. Sede do Ministério das Relações Exteriores e abrigo de um acervo importante de obra de arte brasileira, o prédio teve vidraças quebras e a escultura Meteoro, de Bruno Giorgi, pousada sobre o espelho d’ água, escalada pelos jovens que protestavam. Mas não houve danos.
Sede do Ministério das Relações Exteriores e abrigo de um acervo importante de obra de arte brasileira, o prédio teve vidraças quebradas durante manifestação
#SAIBAMAIS#A manifestação na Esplanada reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, a partir da tarde de quinta. Como um forte esquema de segurança protegia o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, por volta das 20 horas parte dos manifestantes invadiu o Itamaraty.

Feridos

Um primeiro balanço da manifestação – às 23h de ontem – apontavam que 31 manifestantes foram feridos na Esplanada dos Ministérios. Segundo informações do Samu do Distrito Federal, que atendeu os feridos nas proximidades do Congresso, do total, 11 foram removidos para hospitais: um deles com possível traumatismo craniano; outro com ferimento de bala de borracha na perna; e outro manifestante com um ferimento na perna que pegou uma artéria e, por isso, sangrava muito. Os demais não tiveram ferimentos graves e muitos foram atendidos em razão de intoxicação com gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

Manifestação

Com a Esplanada tomada, por volta das 18 horas, cerca de 200 homens do Batalhão de Choque da Polícia do Exército formaram um escudo humano para proteger o Palácio do Planalto. Assessores da presidente Dilma Rousseff acompanham pelas janelas do palácio a movimentação. A presidente só deixou o Planalto por volta de 20h40.

Nos primeiros momentos de confronto, os integrantes do protesto jogavam rojões e a polícia respondia com spray de pimenta. Mais tarde, a polícia acabou recorrendo a bombas de gás lacrimogêneo.

O clima de tensão gerado pelo forte esquema de segurança começou no Museu da República, de onde a manifestação ganhou as ruas por volta das 17 horas. Minutos depois milhares de pessoas já tomavam o gramado em frente ao Congresso Nacional.

O primeiro confronto ocorreu quando os manifestantes tentaram seguir para o Palácio do Planalto. A PM montou vários cordões de isolamento incluindo a cavalaria, o batalhão de cães, a tropa de choque e até um blindado. Os policiais conseguiram barrar os manifestantes já no primeiro cordão, que reagiram e se dispersaram. Logo após esse confronto, manifestantes se dirigiram ao Itamaraty, onde não havia reforço na segurança.

Articulado pelas redes sociais, a manifestação não tem uma liderança única, o que dificultou as negociações das forças de segurança. Conversas foram feitas anteriormente para tentar convencer os líderes a deixar a população apenas no gramado em frente ao Congresso, mas o “acordo” não foi possível devido a horizontalidade do movimento.

Pacífica em seu início, a manifestação reuniu pessoas com os mais diferentes cartazes e bandeiras, exceto as de partidos políticos. Em momentos nos quais integrantes do protesto jogavam rojões em direção a polícia muitos gritavam “sem violência” e “sem vandalismo”.

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