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Palavra de coronel

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CENA - À vontade em um bar do Beco da Lama,  o ator disse que filme sobre ‘As Pelejas’ deverá ser o “grande trabalho de Moacyr de Goes”

Entre um prato de fava devorado em cinco minutos e uma paçoca dividida com outras três pessoas que o acompanhavam numa das mesas do bar de Nazaré, na boca da noite do Beco da Lama, o ator e secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, conversou com o VIVER minutos antes do início da primeira eliminatória do II MPBeco, que ocorreu último sábado, na praça Sete de Setembro

O senhor já tinha vindo ao Beco da Lama?
Já tinha estado aqui algumas vezes, de passagem, e sempre fico maravilhado com isso aqui. Acho que essa parte da cidade, assim como ocorreu com o Pelourinho, em Salvador, deveria merecer mais a atenção por parte do poder público, tanto em nível municipal como estadual.   

Então o Beco é o Pelourinho potiguar…
Mas é claro! Essa área toda aqui faz parte do Centro Histórico de Natal com toda sua arquitetura antiga, seus prédios históricos…  o que precisa é haver consciência para a preservação, esse lado da cidade é muito cultural, muito importante. 

Como foi interpretar o coronel Ruzivelti em “O Homem que Desafiou o Diabo” (filme rodado no Rio Grande do Norte em 2006 baseado no romance As Pelejas de Ojuara, do escritor potiguar Nei Leandro de Castro, com estréia prevista para agosto de 2007)?
O coronel Ruzivelti é um personagem muito interessante. Apesar de ser uma passagem rápida no filme, foi muito gostoso fazê-lo. Gravei tudo em um final de semana por conta do trabalho no MinC, estava há um bom tempo sem gravar nada. Esse, para mim, deve ser o grande trabalho de Moacyr de Góes como diretor de cinema. Não vi como ficou o resultado, mas adorei o trailler embora o Ruzivelti não tenha aparecido. Ele é um desses coronéis à moda antiga, conservador, mas é engraçado como a mulher, mesmo morta, tem poder sobre ele. Veja que no filme, ele só aceita o casamento da filha quando lembra da esposa e diz: “mas você é igualzinha a sua mãe!” (risos). 

O Ruzivelti parece com algum coronel que o senhor conheceu em vida?
Meu irmão, Cláudio (Mamberti), que morreu recentemente, fazia muito esse tipo de personagem: coronel, cangaceiro… e acho que herdei dele essa coisa (risos).  

Depois que a Funarte mudou a diretoria no final do ano passado, a continuidade do projeto Pixinguinha, que em 2007 completa 30 anos, é incerta. O senhor poderia dar uma posição oficial do Ministério da Cultura sobre a realização do projeto este ano?     
Na verdade o Pixinguinha é da esfera da Funarte, mas pelo que tenho lido, o projeto vai ser realizado este ano até porque o Pixinguinha estava parado e foi o governo Lula quem o trouxe de volta. Houve um problema envolvendo a saída do (Antônio) Grassi, da presidência da Funarte, mas já está resolvido e o edital deve sair agora. Acredito que o projeto Pixinguinha deva voltar no segundo semestre.    

Quais são as prioridades da secretaria da Identidade e Diversidade Cultural para 2007?
A gente atua em várias esferas, mas especificamente este ano estamos centrados na área de cultura popular, desenvolver políticas públicas, trabalhar no sentido de fortalecer os pontos de cultura, cultura indígena e na cultura cigana. Vamos estar aprofundando a discussão de cultura popular no II Encontro Sul-americano de Culturas Populares, lançamos o II edital do Prêmio Culturas Indígenas que vai contar com R$ 3 milhões em recursos vindos da Petrobras…

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