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Palavrões de Parreira marcam palestra

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DESBOCADO - Parreira usou de um artifício de linguagem incomum para criticar atletasGazeta Press, Rio de Janeiro (RJ) – Jeito educado, fala mansa e procurando não elevar o tom de voz. Essas são características do ex-técnico da Seleção Brasileira e atual comandante da África do Sul, Carlos Alberto Parreira. Mas quem compareceu na tarde de ontem ao segundo e último dia do Fórum Internacional de Futebol (Footecon), que está sendo realizado no Hotel Intercontinental, Zona Oeste do Rio de Janeiro, se surpreendeu ao ver o treinador descontraído e abusando dos palavrões em sua palestra sobre as evoluções táticas na Copa 2006.

“Acho engraçado porque muitos jogadores esperam o filho da p. se aproximar para recuarem na marcação. Isso é inaceitável. Marcação tem que ser firme. não pode ficar só nessa punheta! Assim não dá. PQP”, disse Parreira, visivelmente descontraído no meio de colegas. O curioso é que Parreira, na análise que fez do Mundial, não citou em nenhum momento a Seleção Brasileira, time que comandou na Copa.

“A palestra visava uma análise da Copa do Mundo e não da Seleção Brasileira”, disse Parreira. O treinador ainda ironizou a imprensa ao fechar a palestra. “Falar de touros e toureiros não é a mesma coisa que estar na arena”, disse, citando provérbio espanhol.

Mas não foi apenas os palavrões de Parreira que marcaram o segundo dia de palestras. A presença de vários treinadores desempregados também foi notada, o que fez do fórum o lugar ideal para os clubes que ainda procuram um profissional para liderar o elenco na próxima temporada.

Dentre os presentes sem emprego estavam Oswaldo de Oliveira, recentemente demitido do Cruzeiro, Antônio Lopes, que passou por Corinthians, Goiás e Fluminense na temporada, Tite, ex-Palmeiras, Gallo, Valdir Espinosa, Paulo Emílio, Edinho, Mauro Galvão e Charles Guerreiro.

O encontro entre gerações de treinadores também foi bem chamativa. Na mais importante delas Valdir Espinosa pôde abraçar Caio Júnior, que levou o Paraná Clube à disputa da próxima Copa Libertadores. Caio foi jogador de Espinosa no Grêmio.

José Pekerman fala mais sobre fracasso argentino

Grande atração do segundo e último dia do Fórum Internacional de Futebol (Footecon), o técnico argentino José Pekerman, que dirigiu a seleção de seu país na Copa do Mundo de 2006, teve que falar muito sobre o fracasso platino na competição. Na sua paletra, ontem, ele procurou responsabilizar a pouca experiência de seus comandados pela eliminação para a Alemanha, nos pênaltis, nas quartas-de-final.

“O elenco que levei para a Copa do Mundo estava longe de ser um time experiente. Dos vinte e três atletas convocados, dezenove estavam disputando um Mundial pela primeira vez. Isso faz a diferença numa Copa do Mundo. Era um trabalho de renovação. Posso dizer porém que saio de cabeça erguida, já que fomos eliminados atuando diante dos donos da casa e jogando melhor. Se futebol fosse boxe teríamos ganho a partida por pontos”, afirmou Pekerman.

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