São Paulo – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, defendeu ontem um “acordo social” para garantir um crescimento superior a 5% nos próximos anos. Sem dar outros detalhes da proposta, Palocci disse que esse entendimento passaria pela manutenção da atual política fiscal e pela redução e melhoria do gasto público. “Vamos atingir um grau de investimento em poucos anos e vamos ter um crescimento vigoroso se fizermos um acordo social no País”, disse o ministro em palestra a executivos de empresas e bancos em São Paulo. “Essa não é simplesmente uma decisão de governo”, ressaltou. Segundo ele, o entendimento depende do esforço que o País quer fazer. “As lideranças da sociedade precisam ter uma ação comum e suprapartidária de um acordo nacional sobre qual velocidade dar ao crescimento do País. Para isso, segundo ele, é preciso definir que esforço o governo e a sociedade vão fazer no âmbito das despesas, dos tributos e das reformas para garantir juros menores e crescimento maior.
Analistas e economistas de banco esperam um crescimento de 1,6% na produção industrial em dezembro, dado que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar hoje. Essa era a projeção constante da pesquisa semanal Focus do Banco Central. O dado refere-se a uma comparação em relação a dezembro de 2004. O dado mais aguardado pelos economistas, porém, é o comportamento da produção industrial em dezembro em relação a novembro, que não é pesquisada pelo Focus. “Esta informação será relevante para o mercado calibrar suas apostas de juros para o futuro”, disse o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.