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Palocci é contra dividir CPMF com Estados e Municípios

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IMPOSTO - Palocci  defende  a  manutenção da proposta do governo e vai negociar com partidos

Brasília – Com atuação nos bastidores desde que assumiu o mandato de  deputado, o ex-ministro da Fazenda deputado Antonio Palocci (PT-SP) volta à  cena política na função de relator do projeto que prorroga a cobrança da CPMF  na comissão especial da Câmara. Caberá a Palocci elaborar e negociar a aprovação  do parecer que irá a votação pelos parlamentares. O governo tem pressa. Se não  for prorrogada, a cobrança da contribuição termina no dia 31 de dezembro deste  ano. Pouco depois de ser confirmado na função de relator, Palocci defendeu a  manutenção da proposta do governo. “O ponto de partida é não mexer (na proposta  do governo)”, disse.

Ele também foi contra a partilha dos recursos  arrecadados com a CPMF com os Estados e os municípios, como quer o PSDB.   “Não acho recomendável”, afirmou. Com o aumento de arrecadação tributária do  governo, o ex-ministro da Fazenda avaliou ser legítima a discussão para a redução  dessa carga, mas considerou que esse debate deve levar em conta o tipo de tributo  que tem maior impacto para o desenvolvimento do País. No caso da CPMF, ele afirmou  que a contribuição é importante e tem cumprido seus objetivos.  Palocci deixou o ministério no ano passado depois de ter sido apontado como  o responsável pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos  Costa em 16 de março de 2006. O caseiro declarou ao Estadão e depois à CPI do  Senado que Palocci freqüentava festas em uma casa no Lago Sul de Brasília mantida  por empresários de Ribeirão Preto. 

A comissão especial que vai analisar a proposta de emenda constitucional da  CPMF foi instalada ontem à tarde ainda sem que houvesse acordo entre os partidos  da base para a indicação do relator. O nome de Palocci já havia sido sugerido  pelo líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), mas descartado  depois de uma recusa do ex-ministro. Anteontem, no entanto, com o acerto entre os  líderes, Palocci aceitou. “Ele (Palocci) disse que, se houvesse um entendimento,  aceitaria. E eu trabalhei para que fosse o nome dele desde o início”, afirmou  o líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ).  

Durante a tarde de ontem, partidos da base tentaram emplacar seus preferidos  no cargo de relator. O PR defendia a indicação do deputado Sandro Mabel (PR-GO).  O PP sugeriu o deputado Márcio Reinaldo (PP-MG). Já o PTB propôs o deputado  Cândido Vaccarezza (PT-SP). O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) foi cotado,  mas não obteve apoio na base. O petista chegou a ser vetado pelo PTB.  O nome de Palocci foi fechado no Palácio do Planalto em uma reunião de parte  da base (PT, PTB, PP e PR) com o ministro das Relações Institucionais, Walfrido  dos Mares Guia, e com o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). 

“Antônio Palocci vai fazer o relatório mais rápido. Ele também tem trânsito com os governadores  e com os prefeitos”, argumentou o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).  Palocci afirmou ser favorável à realização de audiências públicas na comissão,  como quer o DEM, para discutir a proposta da CPMF, mas, para ele, isso deve  acontecer durante o prazo de dez sessões para apresentação de emendas.

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