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Palocci será indiciado na quinta

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SUSPEITO - Palocci voltará a prestar depoimento em BrasíliaSão Paulo (AE) – O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci será indiciado quinta-feira (27), em Brasília, no inquérito que investiga o suposto envolvimento dele num esquema de corrupção no sistema de coleta de lixo e limpeza pública de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, no período em que foi prefeito pela segunda vez, entre 2001 e 2002. O interrogatório e o indiciamento de Palocci serão formalizados por autoridades policiais do Distrito Federal, que o ouvirão por carta precatória enviada pelo delegado seccional de Ribeirão, Benedito Antônio Valencise, responsável por toda a investigação sobre ele.

A carta é um instrumento oficial que contém as perguntas a serem feitas ao indiciado. Palocci será enquadrado por peculato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, crimes que teria cometido, segundo a polícia, ao participar diretamente das fraudes, ordenando adulteração das planilhas de medições da coleta de lixo.

O advogado do ex-ministro da Fazenda, José Roberto Batochio, refuta a acusação policial. Segundo Batochio, “não há nos autos do inquérito nenhuma prova contra Palocci”. A polícia sustenta que, na gestão do ex-ministro da Fazenda como prefeito, dobraram os pagamentos relativos ao mesmo espaço de limpeza de ruas e parques. O serviço que teria sido superfaturado foi entregue pela prefeitura à empresa Leão Leão, maior doadora de campanha de Palocci na eleição de 2000. A ex-presidente do Departamento de Água e Energia de Ribeirão Preto (Daerp) Isabel Bordini, – cuja autarquia que contratou a Leão Leão – alegou que a varrição foi maior naquele período por causa de um surto da dengue.

Valencise deveria viajar à Brasília para dirigir a audiência e fazer o indiciamento do ex-ministro. Até quinta-feira (20), isso estava certo. Ontem, porém, foi anunciado que o delegado seccional de Ribeirão Preto está fora da missão e não mais irá ao encontro de Palocci. No lugar de Valencise, irão promotores da cidade que atuam no Grupo Especial de Combate e Repressão ao Crime Organizado, unidade do Ministério Público Estadual (MPE).

Policiais subordinados ou próximos a ele disseram que essa mudança apanhou a todos de surpresa. Alguns revelaram indignação com a medida, lembrando que Valencise conhece o caso como ninguém, foi ele quem presidiu a investigação desde o início. Já somam 73 volumes de documentos os autos da apuração. O delegado Anivaldo Registro, superior de Valencise no município, disse que desconhece o motivo da modificação, mas afastou a possibilidade de pressões. “Não há nenhuma interferência no trabalho do Valencise, não há nenhuma pressão nem de cima nem de baixo, nem de fora nem de dentro”, afirmou.

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