terça-feira, 16 de abril, 2024
25.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Paralamas e Titãs abrem o primeiro dia do Rock in Rio

- Publicidade -

Jotabê Medeiros e Lucas Nobile – Agência Estado

Rio  – Quando Paralamas do Sucesso e Titãs subiram ao Palco Mundo, às 19h, havia 45 mil pessoas na Cidade do Rock. Paulo Miklos fez um discurso forte pouco antes de começar a música “Comida”. “A gente não quer só democracia, a gente quer o fim da corrupção nesse País.” O show seguiu com um apanhado dos maiores sucessos dos dois grupos, sem grandes novidades de repertório. A quarta edição do Rock in Rio no Brasil teve início, com atraso de vinte minutos, no Palco Sunset, o secundário, criado com o intuito de promover encontros entre artistas de linguagens semelhantes ou completamente diferentes.

O primeiro dia deste palco – sempre com previsão de receber quatro shows diariamente – teve um saldo negativo: tanto no quesito equalização quanto no musical. O atraso foi causado por problemas técnicos no som. A produção parece ter se esquecido do equilíbrio sonoro (em todos os sentidos) e a curadoria foi equivocada.

Durante a apresentação de Bebel Gilberto e Sandra de Sá, que trocaram um beijo na boca, um senhor quase pulou a grade dos técnicos de som, gritando: “Vocês não estão percebendo que o som está vazando? Não dá para entender nada do que está sendo cantado!”

Os trabalhos foram abertos às 15h com show da Orkestra Rumpilezz, de Salvador, capitaneada por Letieres Leite, Móveis Coloniais de Acaju e Mariana Aydar. O destaque do show foi o grupo baiano, com seus temas criados a partir dos toques de candomblé. Mas todos os quase 30 músicos (entre Rumpilezz, Móveis e Mariana) foram prejudicados por problemas técnicos como microfonias.

Depois do primeiro show, foi a vez da mistura entre Ed Motta, Andreas Kisser e o português Rui Veloso. Com uma formação de cinco guitarras, baixo, bateria e vocal, os músicos jogaram para a plateia e resgataram clássicos do rock, com um repertório que contemplou Beatles, Eric Clapton, Led Zeppelin. Não convenceram.

Em seu primeiro dia, o Palco Sunset abusou de interpretações de canções antigas. Foi o mesmo que se viu no show de Bebel Gilberto e Sandra de Sá. As duas – que se conheceram por intermédio de Cazuza – fizeram um apresentação ancorada nos sucessos do compositor, como Ideologia, Todo Amor que Houver Nessa Vida e Brasil.

Todas com problemas de desafinação e a falta de carisma de Bebel, que ainda aniquilou a clássica Sun is Shining, de Bob Marley. Uma apresentação patética, que só foi salva pela energia de Sandra de Sá, cantando clássicos de sua carreira, como Joga Fora no Lixo e Olhos Coloridos.

Além disso, a dupla interpretou temas de Adriana Calcanhoto e O Rappa, mas não chegou a levantar a plateia diversificada, com muitas famílias, jovens e pessoas de diversas partes do País, exibindo bandeiras de Pernambuco e de times, como do Remo, do Pará.

O Palco Sunset encerrou suas apresentações com um show muito mais curto do que o esperado dos dinamarqueses do Asteroids Galaxy Tour com os portugueses do The Gift, devido aos atrasos anteriores.

É esperar que os próximos dias de Palco Sunset, que até aqui nada acrescentou, melhore suas performances. O público não é surdo nem bobo para ser enganado como foi no primeiro dia.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas