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Paranoia e livramento

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Rubens Lemos Filho

Há olhares e reações virulentas. Há pânico. Há medo. Há paranoia. Há diferença entre prevenção e disseminação do pavor na tirania do Coronavírus. A pandemia colocou o mundo em  liquidificador assombroso no qual a desinformação prolifera. Todos com suas dúvidas, poucos para explicá-las, em linguagem científica e incompreensível para o caboclo pescador na Zona Norte pelo Rio Potengi.
O futebol parou. Como se ainda existisse no Brasil. O Coronavírus sentenciou o informal. O país vivia a pior fase de sua existência desde a primeira bola trazida por Charles Miller da Inglaterra em 1884. Os jogos, em alguns campeonatos, continuarão sem torcida, o que não deixa de ser uma benfeitoria aos sofredores torturados por peladas.

Nunca houve um surto histérico igual ao de agora. É bem diferente de doença restrita a um território. É o mundo inteiro, é o vizinho e o cristão lá da Groelândia. A sua agonia é a aflição de quem está em Botsuana. Um espirro assumiu proporções de um tiro de fuzil M-16 de calibre 5.56, potente arma de guerra.

O futebol foi pego no contra-ataque. É uma atmosfera particular de bilhões de euros circulando com  se fossem panfletinhos colegiais. A paralisação dos principais campeonatos representa mexida em contratos pomposos, nababescos, definindo salários de craques e pernas de pau.

Lamentável o adiamento da Eurocopa, a verdadeira Copa do Mundo. As seleções europeias que disputariam o título continental este ano, só irão jogar no próximo ano. Uma uva assistir Alemanha , Holanda, Espanha, Itália, França, Bélgica, Inglaterra, Portugal, Croácia e Suécia, as  tradicionais entre 20 participantes.

A Eurocopa é adiada. Fosse agora, para ficar bonita e gostosona, bastava criar um parágrafo no regulamento permitindo a Lionel Messi jogar pelo time que quisesse. Baita incoerência o melhor jogador do mundo sem disputar a principal competição do planeta. Messi na França, Messi na Alemanha, Messi no toque-toque da Espanha. Dá saudade não ter Messi para assistir na televisão. O único representante do jogo estupendo. O Coronavírus deveria protegê-lo.

Em compensação, também foi cancelada a Copa América. Estamos proibidos de Messi e livres de Tite, mais um ano de contrato para enganar os brasileiros. Ficamos livres de Neymar. Libertos de Casemiro e a sua pancadaria octógona.

Veja pelos aspectos positivos: Estaremos sem Galvão Bueno, sem os comentários ridículos de Casagrande e as repercussões insanas do ex-meia Neto, jamais convencido da necessidade de uma terapia para conter sua certeza maluca  de haver sido um jogador de primeira linha. Neto é subproduto do fanatismo paulista. Cobrava bem faltas e escanteios no Corinthians. Só. O Coronavírus funciona como prevenção no caso dele.

Vestisse calça, camisa, meia e calçasse sapatos italianos lustrosos, cumprimentaria, pessoalmente, o Coronavírus, pela proibição de Neymar dentro da minha casa ainda que por meio digital.

A ausência de Neymar, o decadente, é um senhor ansiolítico, tranquilizante de acalmar batalha no Oriente Médio. O chato adorado por ufanistas já não vem jogando nada. Nos deixa em paz. Uma vez só. Para que vejamos jogos antigos no Youtube ,de alguém superior a qualquer mal: Pelé, imunizado por Deus.

Nada
Sem Copa do Nordeste, Sem Copa do Brasil,  sem Estadual, o futebol potiguar, que engatava uma discreta aceleração, estaciona como futebol “sem por cento”. Com pronome esse na inicial.

No Ceará
Suspenderam o campeonato cearense. Decisão da Federação e do Ministério Público. Nem de portões fechados haverá jogo. E o patrocínio é da cachaça Ypioca, ou seja, álcool puro.

Sextou
Em casa, vendo televisão, sabe-se lá conspirando. Na rua, é ir ao covil do Coronavírus.
Quarentena
Dia não está com coronavírus segundo o médico do ABC, Roberto Vital. Com a paralisação geral do universo, Diá fica em quarentena elaborando estratégias e táticas. Sem prancheta nem smartphone.

Diá
Foi sugestão do ex-presidente do ABC, Leonardo Arruda Câmara, o teste do Coronavírus no técnico Diá. Leonardo tem uma rede de informantes de todos os naipes e achou conveniente alertar o técnico alvinegro.

Éder
O América traz o atacante Éder. Ano passado,  fez 24 jogos no ABC. E dois gols.

Idiota
Não é rogando praga não, mas poderia faltar álcool gel ao presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach. Ele debochou: “Que Coronavírus?”, ao manter as Olimpíadas de Tóquio.

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