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Passarelas consagram o salto alto

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O estudo de Gueguen reuniu voluntárias de 19 anos de idade que utilizavam saltos de 0,5 cm, 5 cm e 9 cm de altura na rua. Elas então pediam ajuda aos homens, cuja idade variava entre 25 e 50 anos, em diversas circunstâncias. Em uma delas, a voluntária perguntava a transeuntes: “Com licença, senhor, estamos realizando uma pesquisa sobre igualdade de gênero. Você poderia responder nosso questionário?”. As mulheres que utilizavam sapatos com o menor salto tiveram taxa de 46,7% de respostas. As que tinham sapatos com 5 centímetros extras de altura convenceram 63% dos homens a parar na rua, enquanto as mulheres de saltos mais altos tiveram um índice de sucesso de 83%.

Hoje em dia, no entanto, é possível encontrar sapatos ainda maiores nas passarelas e nas baladas, com alguns chegando a 10 centímetros, enquanto outras pessoas chegam a se arriscar em níveis extremos de até 13 centímetros. Mas todo esse poder tem o seu preço. Médicos indicam que utilizar de saltos altos pode causar dores nas costas e ferimentos no tornozelo. O uso prolongado ainda aumenta os riscos de redução nos tendões da panturrilha.

Além disso, feministas sublinham o papel dos saltos altos na construção de um estereótipo misógino, que transforma as mulheres em objetos e as torna algo a ser cobiçado pelos homens. “Se uma mulher nunca tira seus sapatos de salto alto, como ela saberá o quão longe ela é capaz de ir ou o quão rápido ela pode correr?”, questionou a ativista Germaine Greer, a autora do livro “A mulher eunuco”.

Por outro lado, os defensores desses sapatos ressaltam que eles têm usos diversos. “Os saltos não subordinam as mulheres, eles as empoderam no romance”, afirma Kaufmann. “A coisa importante a se lembrar na sedução é que tudo faz parte de um jogo”.

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