Eterna musa do rock/pop nacional dos anos 80, Paula Toller já provou que não parou no tempo, e segue uma movimentada carreira solo há quase 20 anos. Depois de viajar com o show “Transbordada” e de protagonizar a turnê “Rock Brasil” para mais de um milhão de pessoas, ela volta à cena com o show “Como eu quero”, sábado, às 22h, no Teatro Riachuelo. A performance promete ser bastante interativa com o público.
Paula Toller traz a Natal sua nova turnê ”Como eu Quero”
O repertório contempla a carreira solo da cantora, e também o grande período com o Kid Abelha. Em show de uma fazedora de sucessos como ela, estão no set list hits como “Como eu quero”, “Nada Sei”, “Fixação”, “Lágrimas e chuva”, “Eu só penso em você”, “Amanhã é 23”, “No seu lugar”, “No meio da rua”, “Alice (não escreva aquela carta de amor)”, “Grand’Hotel”, entre outros.
Além das próprias músicas, Paula também apresentará algumas versões, como “Ando meio desligado”, dos Mutantes; “Céu Azul” do Charlie Brown Jr, numa interpretação delicada; além de “Don’t you worry about a thing”, de Stevie Wonder, que virou “Deixa a vibe te levar”. A cantora lançou seu primeiro disco solo em 1998, mas só se desligou oficialmente do Kid Abelha em 2016. Sua discografia solo é composta por “Paula Toller”, “SóNós”, “Nosso” e “Transbordada”.
O que você preparou para o show? Há referências à antiga banda?
“Como eu quero” é um show de grandes sucessos trabalhados nos violões e harmonias vocais, na energia essencial do pop rock. São músicas que marcaram as pessoas, mas também há novidades; uma versão inédita de Stevie Wonder, uma interpretação de Céu Azul, canções do “Transbordada” e sucessos antigos há muito não tocados.
O que mais diferencia sua carreira solo da que você tinha antes com o Kid Abelha?
É a mesma Paula, só que mais confiante para realizar projetos além dos shows e discos: lancei um espumante chamado Latoller Brut, fiz publicidade, co-produzi “Minha Fama de Mau”, a cinebiografia de Erasmo Carlos , fiz uma mega turnê da história do Rock Brasileiro…no mais, é a mesma dedicação e procura da canção perfeita.
O público que ainda te associa muito ao rock/pop dos anos 80? Como você lida com a nostalgia dos outros?
Sou de uma geração de ouro da música brasileira, isso não tem preço. Outro dia, numa festa, tocaram várias músicas da época, todas excelentes: Ultraje, Paralamas, Titãs e a nossa Lágrimas e chuva. As pessoas deliraram!
Em que você tem se inspirado atualmente? O que está ouvindo?
Estou ouvindo o que fez minha cabeça nos anos 60, 70 e 80. Acompanho a nova geração, mas a fase de ter influência já passou.
O que a maturidade musical trouxe ao seu repertório?
O repertório se mostra mais forte a cada dia. É maravilhoso estar no palco e sentir a emoção de ter marcado a história de tanta gente.
Você comentou em entrevistas recentes que com este terceiro disco, pode ser chamada de roqueira. Acredita que Transbordada chegou no tempo certo?
É um disco guerreiro, inédito numa época difícil do mercado. Banquei 100% do meu bolso e mandei ver nas letras e no rock. É minha vibe. Neste show estou tocando “O sol desaparece” e “Calmaí”.
Nessa inquietude de buscar o novo, o que ainda está nos planos – projetos, releituras?
Não sei ainda, estou 100% vivendo o momento. Mas se tiver alguma idéia, corro atrás de realizar.
O perfil de seu público mudou junto com o novo século? Como você o vê hoje em dia, com tanta informação rápida e simultânea?
Sinto as pessoas comentando que não se faz mais música boa como nos anos 80. Boa oportunidade para arregaçar as mangas e tentar fazer!
Serviço:
Paula Toller “Como Eu Quero”. Sábado, às 22h, no Teatro Riachuelo. Entrada: R$160 (balcão/frisas) e R$220 (camarotes/plateias).
