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PCdoB decide apoiar Maia

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Um dos principais aliados da ex-presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment no Congresso, o PCdoB decidiu apoiar oficialmente a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara.
Líder do PCdoB, Daniel Almeida anuncia a decisão do partido
A decisão foi tomada na terça-feira, após uma reunião da direção da legenda com a bancada, que é formada por 12 deputados, e informada nesta quarta aos líderes do PT e do PDT, que compõem o bloco de oposição. O anúncio do PCdoB esvaziou a candidatura de André Figueiredo (PDT-CE) e enfraqueceu a ala petista contrária ao apoio a reeleição de Maia.

Dono da segunda maior bancada da Câmara, o PT está dividido entre apoiar Maia – e garantir participação na Mesa Diretora da Câmara – ou construir uma candidatura de esquerda, não necessariamente a de Figueiredo.

“O Muda PT indicou à bancada a construção de uma candidatura de oposição. Figueiredo é uma alternativa que vamos estudar”, disse a deputada Margarida Salomão (PT-MG).

Nesta quinta-feira, uma comissão de deputados petistas vai se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que até agora não se manifestou sobre a disputa. Além disso, o Diretório Nacional do partido, que se reúne amanhã, em São Paulo, também deve opinar sobre a sucessão na Câmara. A tendência é que a direção libere a bancada.

Ontem, o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho, um dos homens fortes de Lula, distribuiu um texto para consumo interno no qual defende que o PT priorize a ocupação de cargos na Mesa e em comissões da Câmara.

“Como dificultaremos com mais eficácia a atuação dos agentes do golpe? Acho que a resposta é óbvia: tendo participação adequada na mesa, presidindo comissões e relatorias”, diz o texto de Carvalho que, até a semana passada, rejeitava o apoio a candidatos “golpistas”.

Comunicado
Ontem, o PCdoB comunicou ao PT a decisão de apoiar o atual presidente da Câmara. “Nós levamos essa decisão ao PT e PDT, que compõem a minoria. Avaliamos que é possível unificar as bancadas em torno de um nome. Maia apresenta as melhores condições de ser o ponto de aglutinação para fazer o parlamento funcionar com um mínimo de normalidade”, disse à reportagem Daniel Almeida (BA), líder do PCdoB.

Segundo o deputado, Maia teria se comprometido com uma “plataforma mínima” que se resume em três pontos: “respeito ao regimento, a pluralidade e o compromisso de não atropelar o funcionamento da casa”.

Questionado sobre o fato de Maia ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff e defender bandeiras combatidas pelo PCdoB, como a Reforma Trabalhista, Almeida desconversou. “O PCdoB não abre mão da luta contra esse governo, em defesa do direito dos trabalhadores e reforma da Previdência”. Perguntada se a decisão do PCdoB enfraquece a posição da ala petista contrária a Maia, Margarida Salomão respondeu: “Sem dúvida”.

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