Amaro Sales de Araújo
Industrial, atual secretário da CNI, presidente da FIERN e da ANF
Anualmente a Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do COMPEM e em parceria com o SEBRAE, realiza o Seminário “Pense nas Pequenas primeiro” que, em síntese, objetiva discutir os caminhos para o fortalecimento das micro e pequenas empresas (MPE) e a participação do segmento na retomada do desenvolvimento econômico brasileiro. Em 2019, a 6ª edição do Seminário foi realizada no dia 26 de junho, na sede da CNI, em Brasília.
E nós, os pequenos negócios, podemos fazer muito mais para o País. Já somos representativos! Alguns números são expressivos e falam por si: representamos 54% da empregabilidade; alcançamos 27% do PIB; somos 7 milhões de MEI’s e 8 milhões MPE’s; além de a Redesim está em 2.800 municípios dos 5.400.
Neste sentido, olhando para o futuro, não podemos perder a oportunidade de evidenciar a importância do segmento e, mais ainda, defendermos medidas e providências que fortaleçam a atuação das micro e pequenas empresas. Assim sendo, continua na pauta a luta pelo crédito mais barato e desburocratizado, as novas ferramentas de marketing digital, além da contínua melhoria da Lei Geral e o tratamento diferenciado para a micro e pequena empresa.
É sempre oportuno mencionar a Lei Geral das MPE’s que, em suma, visa desburocratizar e agilizar o atendimento às micros e pequenas empresas; estimular um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios de pequeno porte, que, de fato, serão beneficiados com o desembaraço fiscal e burocrático.
Precisamos, também, rever as inúmeras exigências do e-Social e das Normas Regulamentares. Há um esforço enorme das pequenas empresas para o cumprimento de uma burocracia que não é barata e, na prática, retira competitividade dos empreendimentos.
O ambiente externo, por sua vez, é preponderante para a melhoria geral dos negócios. O Estado, em particular, com finanças públicas equilibradas, se torna potencial investidor em infraestrutura e, sobretudo, prestador de serviços públicos com qualidade, o que impacta na vida da maioria e, em consequência, dos negócios que estão mais próximos da população. Para tanto, é preciso estancar a sangria mensal e mortal da previdência pública. A nova previdência, tão esperada por todos nós, é uma das medidas necessárias para o equilíbrio das finanças públicas em todos os níveis.
A solução para boa parte dos problemas nacionais passa pelo fortalecimento do empreendedorismo e, neste, o destacado apoio às micro e pequenas empresas; aos microempreendedores e negócios de pequeno porte. A saída é pela produção e o caminho é pelo fortalecimento dos negócios gerados e da riqueza distribuída a partir da micro e pequena empresa!
