Washington – O Pentágono admitiu pela primeira vez, numa desanimadora avaliação, que a violência no Iraque pode ser considerado em certos aspectos como do nível de uma guerra civil. Numa nova avaliação negativa do desenrolar da guerra, um relatório quadrimestral divulgado na noite de quarta-feira diz que o trimestre de outubro último a dezembro foi o mais violento desde 2003.
Ataques insurgentes contra tropas iraquianas, estrangeiras e civis foram em maior número do que em qualquer trimestre anterior. A maioria dos dados apresentados pelo Pentágono no relatório de 42 páginas se refere ao período anterior à ordem dada pelo presidente americano, George W. Bush, de envio de adicionais 21.500 soldados a Bagdá para lidar com a escalada de violência. Membros do governo Bush têm relutado em admitir que o Exército americano está no meio de uma verdadeira guerra civil e o próprio relatório do Pentágono considera que o termo não explica a complexa situação do Iraque. Mas acrescenta: “Alguns elementos da situação no Iraque podem descrevê-la propriamente como uma guerra civil, incluindo o fortalecimento da identificação e mobilização sectárias centradas nas etnias, a mudança do caráter da violência e o deslocamento de populações”.
Carros-bomba matam 12 no Iraque
A explosão de um carro-bomba ontem, em Iskandariyah, uma volátil cidade situada 50 quilômetros ao sul de Bagdá, atingiu um ônibus cheio de trabalhadores, provocando a morte de pelo menos quatro pessoas e ferindo 24, informou a polícia local.
Horas mais tarde, num aparente ataque a uma autoridade local, um militante suicida detonou um carro-bomba perto de um bloqueio militar num bairro predominantemente xiita de Bagdá, matando pelo menos oito pessoas e ferindo outras 25, informou a polícia local. A explosão ocorreu na Praça Kharamanah, não muito distante da Embaixada da França em Bagdá.