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Pequeno passo para o time, um grande salto para o clube

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Se para o Botafogo-SP o duelo das quartas-de-final  significa a chance de subir mais um degrau no processo de recuperação da equipe. Para o ABC o confronto representa muito mais. Em termos financeiros o presidente Judas Tadeu revela que pode gerar uma receita que beira os R$ 8 milhões na próxima temporada. Os potiguares que já anteciparam 60% das verbas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil de 2017, acreditam que o acesso será a única forma de reequilibrar as finanças alvinegras.
O presidente Judas Tadeu e o técnico Geninho reforçam a importância de voltar à Série B em 2017
Por enquanto e de forma emergencial, a batalha para aumentar a receita no ABC está fincada no trabalho de motivação dos torcedores, para que os mesmos passem a comparecer em maior número ao estádio Frasqueirão. Outro ponto atacado pelos dirigentes, é tentativa de  incrementação da campanha de adesão de novos sócios.

“Confesso que com os bons resultados no futebol, esperava uma resposta maior dos torcedores na arquibancada e na adesão de novos associados. Infelizmente isso não aconteceu até agora, mas chegou o momento de decisão e acredito que a motivação agora vai aumentar. Não estou com receio nem do jogo da seleção, que acontece um dia antes da nossa decisão contra o Botafogo-SP. Acho que chegou a hora de marcar presença”, destacou o presidente do ABC, Judas Tadeu.

Com o acesso a série B, de cara, o clube terá direito a cota de R$ 5 milhões referente a participação nos direitos de transmissão da TV. O valor reajustado esse ano é distribuído entre Ceará, Náutico, Sampaio Corrêa, Bragantino, Paysadu, Atlético/GO, Criciúma, CRB, Paraná, Luverdense, Oeste, Avaí, Joinville, Londrina, Vila Nova, Brasil de Pelotas. A verba é paga em dez parcelas de R$ 500 mil. Outros R$ 3 milhões serão buscados com o projeto de sócio e patrocinadores.

Com isso, o duelo dentro das quatro linhas promete refletir realmente tudo que estará em jogo, que vão muito além dos três pontos e dos sistemas táticos. E os números apontam para um duelo equilibrado em todos os sentidos.

Terceiro colocado no grupo B, com 31 pontos, o Botafogo soube aproveitar bem a vantagem de jogar em Ribeirão Preto, onde das nove partidas realizadas venceu seis. Os números apontam mais um empate e uma derrota.

Com sua base formada em São Paulo e como ex-atleta do tricolor paulista, o treinador Geninho conhece bem o que vai enfrentar no comando do Alvinegro, passando a ser um trunfo importante na busca de desequilibrar essa balança.

“Vencemos uma etapa, mas de nada valerá tudo o que fizemos até agora se não conseguirmos o acesso. Serão os dois jogos mais importantes do ano. Serão duas partidas complicadas, contra um grande adversário, mas o grupo está preparado e vamos trabalhar forte para chegarmos bem para essa decisão”, afirmou o treinador abecedista.

Na última vez que participou de uma decisão no estádio Santa Cruz, contra o São Caetano, quando conquistou o acesso da série D para C, o Botafogo encheu a casa e levou 24 mil torcedores para empurrar a equipe na importante conquista. A diretoria promete, no mínimo igualar esse feito, uma vez que agora o passo para reerguer o nome do tradicional clube do interior paulista será mais firme.

Como a torcida não vinha se mostrando muito motivada, apesar da boa campanha da equipe no grupo B, a diretoria resolveu apostar numa campanha de troca de garrafas pets por ingresso e disponibilizou um lote de 15 mil bilhetes para esse fim. A média de torcedores do clube até aqui na competição é de 3.847 torcedores por partida. Mas como se trata de uma decisão, a diretoria aposta num aumento súbito neste número. Em 2016, o maior número de espectadores no estádio Santa Cruz foi registrado no confronto contra o Palmeiras, pelo Paulistão, quando 16.635 pessoas passaram pelas catracas de acesso as arquibancadas.

O lateral-direito Daniel Borges acredita que se o torcedor botafoguense for ao jogo poderá fazer a diferença neste duelo contra os potiguares. “Ano passado o São Caetano tinha um grupo superior em termos técnico em relação ao nosso, mas não foi suficiente para vencer nossa vontade. Quando o torcedor do Botafogo entende que precisa ir ao estádio para empurrar a equipe, respondemos dentro de campo. Se a torcida comparecer e apoiar durante os 90 minutos, tenho certeza que ela vai fazer total diferença”, ressaltou.

Por saber bem o que terá pela frente, o treinador Geninho vem trabalhando no sentido de fazer com que o ABC não sinta e seja prejudicado pelo climão que está sendo montado em Ribeirão Preto. Ele prega tranquilidade, já que o time potiguar conseguiu o seu principal objetivo nesse confronto particular, que era trazer o segundo jogo e decisivo duelo pelo acesso para Natal.

Esse é o processo de terapia que o comandante alvinegro vem realizando com os jogadores alvinegros, entre os quais, sua principal meta foi dotar o grupo de confiança e isso podemos ver em qualquer entrevista dos atletas, como é o caso do paraguaio Echeverria, que junto com o artilheiro Jones, vem tendo participações decisivas com a camisa do ABC.

“Estamos felizes e muito satisfeitos com o momento que estamos vivendo. Estamos conseguindo os objetivos e isso é bom. Fomos campeões estaduais, depois conseguimos fazer uma boa Série C e chegamos à classificação. O clima é bom, o grupo está unido e vamos seguir trabalhando forte para buscarmos o acesso”, destacou o jogador paraguaio.

Geninho também faz questão absoluta de manter os pés dos atletas grudados no chão, para não deixar que o sucesso obtido na campanha inicial suba a cabeça e atrapalhe o desempenho do grupo justamente nos dois jogos que vão valer o esforço e o empenho de toda uma temporada para o ABC. Tanto que o discurso do técnico está na ponta da língua dos atletas.

“Não conquistamos nada. Não vai adiantar tudo o que fizemos até agora, se não conseguirmos o acesso. Esse é o nosso principal objetivo. Serão os dois jogos mais importantes do ano e vamos dar o nosso melhor para conquistarmos esse acesso”, reforçou Echeverria.

Objetivo é garantir a estabilidade até o fim

A missão da diretoria do ABC, atualmente, é garantir que o clube chegue ao final do ano pagando seus débitos. Essa ação é necessária para garantir a tranquilidade aos jogadores para os dois jogos cujo resultado final, poderá fazer o clube potiguar se reequilibrar na comparação entre receitas e despesas, segundo o presidente Judas Tadeu.

“Estamos vivendo um período de dificuldade, que acredito, a maioria dos clubes brasileiros estejam sofrendo com esse processo hoje. Sabemos que o acesso a série B vai significar o equilíbrio do nosso balanço financeiro. Mas a projeção é que isso ocorra em meados de 2017”, projetou Tadeu.

O dirigente acredita que o sucesso obtido pelo clube dentro das quatro linhas, onde ganhou simplesmente tudo que disputou dentro do RN e chegou na fase decisiva da série C, tenha motivado a torcida. Assim, ele espera que a resposta seja dada na arquibancada do Frasqueirão e também na adesão ao projeto de sócio torcedor. “Nosso torcedor tem se mostrado reticente até aqui, mas o time está fazendo por onde. Os nossos resultados são bem expressivos na temporada e essa relação de desigualdade tem de acabar.

PATROCÍNIO
Até aqui o ABC não arrecadou nem 50% do que vem gastando devido aos compromissos acumulados”, disse o presidente. “O retorno a série B vai significar muito para o ABC tanto técnica quanto financeiramente, A cota de participação que hoje é zero vai aumentar para cinco milhões e nós ainda poderemos tentar reaver o patrocínio com a Caixa, já que continuamos com as nossas contas rigorosamente em dia. A visibilidade na série B também pode significar novos contratos de patrocínio”, completa.

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