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Pesquisa aponta baixa cobertura no RN

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Mais de dois milhões de pessoas no Rio Grande do Norte estavam sem coleta de esgoto em 2017, de acordo com o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS/2017). Esse número corresponde a 76,6% da população do estado, de 3,5 milhões. Com essa porcentagem, o estado tem uma desassistência maior que a média do nordeste, de 73,1%.

O número de pessoas sem coleta de esgoto considera a parcela de moradias sem acesso ao serviço de coleta. Uma das consequências disso é a maior chance de contrair doenças que podem ser transmitidas por água contaminada, como arboviroses (dengue, zika e chikungunya), dermatites, diarréia, verminoses, hepatite e leptospirose. Em 2017, a taxa de internações por essas doenças entre as crianças de 0 a 4 anos no estado foi de 54,34 a cada 100 mil.

Apesar da região nordeste ter uma cobertura de coleta um pouco maior que o Rio Grande do Norte, a taxa de internações chega quase ao dobro que o registrado no estado. O SNIS aponta 95,54 pessoas a cada 100 mil internadas na região em 2017. As taxas de óbito, entretanto, são semelhantes: 0,12 a cada 100 mil habitantes no Rio Grande do Norte e 0,13 na média do Nordeste.

Na média histórica traçada pelo Instituto Trata Brasil, especializado em estudos sobre o saneamento básico no país, tanto o Rio Grande do Norte quanto o Nordeste tiveram melhorias na cobertura de coleta de esgotos. No âmbito estadual, a melhoria foi de apenas 4% (81,3% em 2010 para 76,6% em 2017). A queda no nordeste foi maior, de 7% (80,5% para 73,1%).

Essa queda, no Rio Grande do Norte, se dá em razão dos investimentos. Entre 2010 e 2017, R$ 1 bilhão foi investido na rede de saneamento estadual. O maior volume de investimentos ocorreu em 2015, com R$ 179 milhões. Grande parte dos investimentos estão centrados em Natal, com a expansão da rede de coleta de esgoto.

Apesar de instalada desde 2015, ela ainda não está operando porque as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) estão em construção. A Companhia de Águas e Esgotos no RN (Caern) estima investimento de R$ 230 milhões somente este ano para o andamento das obras de esgotamento sanitário e distribuição de água.

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