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Pesquisa aponta que Lula venceria disputa no 1º turno

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LIDERANÇA - Lula chega aos 42 pontosSão Paulo (AE) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria as eleições presidenciais no primeiro turno, segundo a rodada de maio da pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem. Em relação ao resultado de abril, Lula subiu de 3 a 4,6 pontos porcentuais e, nos vários cenários propostos, teria entre 40,5% e 42,1%, enquanto seu principal oponente, o tucano Geraldo Alckmin, ficaria entre 18,7% e 20,8%. Nas simulações de segundo turno Lula também ganhou pontos e venceria Alckmin por 48,8% a 31,3% (45% a 31,3% em abril).

A ascensão de Lula ficou sempre acima da margem de erro da pesquisa; ele herdou uma pequena faixa dos outros pré-candidatos, já que o porcentual de votos nulos, em branco e indecisos permaneceu estável. A senadora Heloísa Helena (PSOL) também cresceu nas preferências: em maio, tinha 4,3% e agora, no cenário mais favorável, obteve 8,7%. Alckmin oscilou entre uma ligeira queda, dentro da margem de erro, e a estabilidade; melhorou um pouco sua expectativa de voto no Nordeste, que visitou seguidamente (8,7% para 10,1%), mas perdeu nas outras três regiões. 

Lula aprofundou sua inserção no eleitorado mais pobre, segundo Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. A aprovação do presidente subiu 6,4 pontos no Nordeste e 5,5 pontos no Norte e no Centro-Oeste, mas caiu 7,8 pontos no Sul e 2,7 pontos no Sudeste; subiu 3,7 pontos entre os que têm até a 4ª série do ensino fundamental, mas caiu 3,3 pontos entre os que têm ensino médio. Subiu 2,8 pontos entre os que ganham até 1 salário mínimo, mas caiu 10,1 pontos na faixa entre 10 e 20 salários mínimos.

O diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, opinou que esse resultado indica “o pior momento de Alckmin e um momento normal de Lula”. Ele lembra que o presidente foi beneficiado em maio pela superexposição na mídia e pelos programas nacional e estaduais do PT; em junho, observa, serão exibidos os programas nacional e estaduais do PSDB e do PFL, além das inserções em televisão, o que, segundo ele, favorecerá Alckmin.

Na simulação de segundo turno, Lula venceria Alckmin por uma vantagem de 17,5 pontos porcentuais (ganhou 3,8 pontos desde abril; Alckmin perdeu 1,9). Mas o total de indecisos e dos que prometem votar em branco ou anular é alto – 20%. Lula é o único candidato em quem votariam 32,1% dos eleitores, enquanto 12,6% só votariam em Alckmin.

A rejeição de Lula atingiu 34,7%, enquanto a Alckmin foi de 40,6%. A série histórica das pesquisas CNT/Sensus mostra uma relativa estabilidade. Lula tinha 42,2% em fevereiro, caiu para 37,5% em abril e agora recuperou parte do que tinha perdido. Alckmin pontuou em 17,4% em fevereiro, subiu para 20,6% em abril, após o lançamento de sua pré-candidatura, e agora ficou estável, entre 18,5% e 20,8%.

A pesquisa CNT/Sensus entrevistou duas mil pessoas, em 195 municípios, entres os dias 18 a 21 de maio e está registrada no TSE.

Datafolha confirma favoritismo

São Paulo (AE) – Pesquisa Datafolha/Rede Globo divulgada ontem indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotaria hoje qualquer dos adversários apresentados se a disputa for levada ao segundo turno. O instituto fez duas simulações de segundo turno, com um representante do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, e o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB). Contra o tucano, Lula marcaria 52% das intenções de voto. Já Alckmin teria 35%.

A vantagem de Lula sobre Garotinho – que já anunciou a disposição de renunciar à pré-candidatura – é maior: 57% a 24%. O instituto entrevistou 6 mil eleitores, entre terça-feira e ontem, em 258 municípios. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

O instituto apresentou cinco simulações de primeiro turno. No cenário em que o PMDB não tem candidato, o presidente seria reeleito ainda no primeiro turno, com 45% das intenções de voto, seguido por Alckmin, com 22% . O petista cresceu em todos os cenários. Com Garotinho, Lula cresceu de 40% (levantamento realizado no início de abril) para 43%. O ex-governador tucano oscilou de 20% para 21% e o peemedebista caiu de 15% para 7%.

Desempenho do tucano abre crise entre PSDB e PFL

Brasília (AE) – O fraco desempenho do pré-candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, nas pesquisas de intenção de voto provocou uma crise entre tucanos e pefelistas no comando da campanha. Irritado com as circunstâncias e com as críticas de pefelistas, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), mandou um recado público à cúpula do PFL: “Chegou a hora de dar um basta! Chega de brincadeira! Esse negócio de setores do PFL estarem batendo no PSDB e no candidato não dá mais. Ou é aliado ou não é”.

Antes mesmo que Tasso cumprisse a promessa de levar seu protesto ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a cúpula pefelista já havia tomado conhecimento de seu desabafo. Bornhausen admitiu que “se todo mundo falasse menos, não haveria problema”, mas reagiu à fala de Tasso com uma cobrança: “É preciso organizar a campanha”. Em seu estilo franco e direto, o presidente do PFL apontou de público “o improviso na organização da campanha”, que tem sido motivo de críticas e queixas não só de pefelistas, mas também de tucanos.

Bornhausen quer que Tasso crie o conselho político da aliança, do qual deverão participar os presidentes dos dois partidos aliados, os três líderes do PFL, PSDB e da minoria de oposição na Câmara e no Senado, os coordenadores da campanha e, é claro, o pré-candidato e seu vice, senador José Jorge (PFL-PE). O presidente do PFL está convencido de que o maior problema da campanha de Alckmin hoje é a falta de organização. “É preciso ter uma pessoa para dar a última palavra. E esta pessoa é o candidato”, disse ele ao propor que o conselho se reúna semanalmente a partir da próxima segunda-feira.

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