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Pesquisa aponta vitória no 1º turno

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LIDERANÇA - Presidente Lula tem 49% das intenções de votosSão Paulo (AE) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, venceria no primeiro turno, de acordo com a pesquisa do Instituto Vox Populi publicada na edição desta semana da Revista “Carta Capital”, em três diferentes cenários. Lula tem 49% das intenções de votos, ante 23% do pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) em dois panoramas. No primeiro deles, o pré-candidato Pedro Simon (PMDB) aparece com 1% das intenções de votos. Na outra paisagem, o PMDB não tem candidato.

Na terceira disposição, com a inclusão do pré-candidato a vice-presidente na chapa de Simon Anthony Garotinho (PMDB) como cabeça-de-chapa, o presidente teria 47% das intenções, contra 21% de Alckmin, enquanto o peemedebista teria 6% – ficando com o terceiro lugar, que, nos outros dois cenários, é ocupado pela pré-candidata Heloisa Helena (PSOL), com 6%.

Nos três panoramas, não há mudanças significativas na posição dos candidatos após o terceiro lugar. Após Heloisa ou Garotinho em terceiro, a ordem de classificação dos candidatos é a seguinte: Enéas Carneiro (Prona), Roberto Freire (PPS), que desistiu e declarou apoio ao pré-candidato do PSDB a presidente, e Cristovam Buarque (PDT) – o primeiro recebe 2% das intenções de votos em todas as disposições.

Os outros dois candidatos têm, cada um, 1% das intenções em todos os cenários. O pré-candidato José Maria Eymael (PSDC) não recebeu pontuação no levantamento. Ao detalhar os resultados da sondagem, a revista informa que Lula vence Alckmin por 57% a 18% entre os eleitores com instrução até a 4.ª série do ensino fundamental e por 62% a 9% entre aqueles que têm renda familiar de até um salário mínimo.

Em contrapartida, o pré-candidato do PSDB supera o presidente de 39% a 35% entre os brasileiros que ganham acima de dez salários mínimos. A pesquisa mostra também que Lula ganha a disputa nas regiões brasileiras mais pobres.

Tem, por exemplo, 66% dos votos no Nordeste, onde Alckmin possui 11%. No Centro-Oeste, o presidente recebeu 49%, enquanto o pré-candidato tucano tem 23%. No Sul e Sudeste, a disputa é mais equilibrada.

No Sudeste, Lula recebeu 40% das intenções e Alckmin, 30%. O levantamento divulga também o resultado do voto espontâneo para a disputa, em que o pré-candidato do PT à reeleição recebeu 35% das intenções contra 12% do ex-governador de São Paulo.

O eleitor também foi indagado sobre o desempenho do governo Lula em diversas áreas de atuação. No item “política de apoio às famílias carentes/Bolsa Família”, a avaliação positiva foi de 55%. Já na análise da segurança pública, a apreciação negativa foi de 56%.

A sondagem foi registrada sob o protocolo 7683 /2006 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizada com 2 mil eleitores sábado (27) e domingo (28).

“Presidente deve acabar com estilo Rolando Lero”

São Paulo (AE) – O pré-candidato candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou hoje uma nota em que rebate as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, à gestão dos governos tucanos na educação paulista. Lula disse ontem em São Paulo que os governos tucanos do Estado abandonaram a escala pública de forma premeditada. “O presidente Lula precisa parar com o seu estilo Rolando Lero habitual, principalmente no debate da educação, que é um assunto extremamente sério”, respondeu Alckmin.

“Quem não investiu o mínimo para avançar no ensino básico e no combate ao analfabetismo nos últimos dois anos foi o presidente Lula. Portanto, ele é reincidente. Essa constatação está hoje no relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).”

No comunicado, o pré-candidato do PSDB a presidente diz que Lula não conseguiu aprovar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), mas diz, na publicidade partidária gratuita do PT na televisão, que o programa é uma realidade.

Ainda, segundo Alckmin, ele “paralisou as escolas técnicas iniciadas pelo governo anterior durante três anos e só as retomou na véspera da eleição”. “Quer demonstrar preocupação com São Paulo, mas a iniciativa privada teve de colocar recursos em parceria com o governo de São Paulo para terminar a escola técnica de Capão Bonito, pois os recursos federais nunca foram liberados.”

O pré-candidato do PSDB afirma que Lula precisa se informar sobre os dados da educação pública paulista e sustenta que “no Estado, 98,5% das crianças entre 7 e 14 estão na escola, 86,9% dos jovens entre 15 e 17 anos estão matriculados, aumentamos a carga horária de 5 para 6 horas no período diurno e de 4 para 5 no período noturno”.

Alckmin destaca, entre outras realizações na área da educação no governo estadual, a adoção da Escola de Tempo integral em 514 colégios, destinação de R$ 4,2 bilhões para as três universidades paulistas – de São Paulo (USP) e Estaduais Paulista (Unesp) e de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo – e a concessão de bolsas a quase 50 mil universitários.

Lama será mostrada, diz pefelista

Rio (AE) – O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), afirmou ontem que “a lama que escorreu debaixo da porta do presidente Lula durante esse processo foi filmada e vai ser mostrada”, em resposta a uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na véspera (01), desafiara a oposição a mostrar na publicidade eleitoral gratuita imagens das comissões parlamentares de inquérito (CPIs). “Quero que eles coloquem lá as torturas que fizeram com muita gente”, disse Lula.

Para Maia, “é aquela história do político mineiro, ele diz que não tem medo, desafia, porque tem medo”. “Ele (Lula) não tenha dúvida nenhuma, não apenas as imagens que passaram nas televisões como imagens que câmeras nossas fizeram irão para o horário eleitoral; o tema virá de forma extremamente contundente. Na campanha, o presidente vai ser sentado no banco dos réus, vai ser julgado pela população.”

Segundo o prefeito do Rio, uma ilustração na publicidade eleitoral mostrará quem estava ao lado do gabinete presidencial. “Terá um croqui, o presidente sentado, de um lado o ‘Zé Dirceu’ (José Dirceu, ex-deputado do PT de São Paulo), do outro o (Luiz) Gushiken (chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos), os dois acusados de quadrilheiros, envolvidos gravemente com escândalos, e vai se perguntar, botar um ponto de interrogação na sala dele: será que o presidente não sabia de nada?”

PCC – Maia disse que não viu novidade em relação a março na pesquisa divulgada ontem, que mostra o favoritismo de Lula. “Nada mudou, estamos no aquecimento.” O prefeito admitiu, porém, que a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) pode ter sofrido “impacto” dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. “Talvez, o PCC tenha produzido algum tipo de impacto na opinião pública. Longe da eleição, o impacto sempre gera uma perturbação no eleitor.” Maia, no entanto, elogiou a conduta do governador Cláudio Lembo (PFL). “Acho que o Lembo foi muito bem; eu até arriscaria colocar o nome dele numa pesquisa eleitoral hoje (para governador); o nome tem de ser colocado, ele introduziu um elemento novo, a completa transparência, foi contundente e merece aplausos.”

Para o prefeito, a briga PSDB-PFL não afeta Alckmin. “Briga interna ninguém toma conhecimento; não vejo como esse tipo de troca de carinhos entre primos possa produzir qualquer conseqüência eleitoral.” Maia recebeu ontem no Palácio da Cidade o presidente da Comissão Européia e ex-primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso, que não quis dar declarações após o encontro.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também comentou as recentes declarações de Lula e qualificou de “perigoso” o desafio feito pelo sucessor à oposição para que na próxima campanha eleitoral explore politicamente os escândalos de corrupção que sacudiram o País. “Isto me parece uma atitude perigosa para alguém que é presidente da República. Não acho que seja um bom exemplo mostrar a corrupção gerada por setores importantes de seu partido e de seu Governo”, disse Fernando Henrique em São Paulo.

“Sobre esse desafio de repetir aquelas cenas tão vergonhosas, em que o partido dele (Lula) mostrou a todo o país a participação tão grande na corrupção, não vejo por que possa pedir isso, como se fosse um fato sem importância”, afirmou Fernando Henrique, que governou Brasil em dois mandatos entre 1995 e 2002. O ex-presidente, fundador do PSDB, agora na oposição, afirmou que “é possível” que a atitude desafiante de Lula se deva ao fato de que ele lidera com ampla vantagem todas as pesquisas, mas advertiu que a última palavra será dada nas urnas. FHC ainda insinuou que Lula está “de salto alto”.

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