A secretária municipal de políticas públicas para mulheres (Semul), Aparecida França, apresentou ontem os resultados de um diagnóstico que aponta a situação da mulher no mercado de trabalho de Natal. Segundo os dados, a maioria “delas” demonstra interesse em se preparar melhor para o mercado. Realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, a pesquisa ouviu 2.279 mulheres economicamente ativas – até 65 anos de idade, nas quatro regiões administrativas da cidade, de outubro de 2014 a abril de 2015.
A pesquisa, inédita no município, traça o seguinte perfil das que já estão no mercado (51,3% das entrevistadas): a maioria é solteira, tem de 26 a 35 anos, tem filhos, foi além do Ensino Fundamental, é estudou em escolas públicas e tem renda familiar de até quatro salários mínimos. A maior parte trabalha entre 30 e mais de 40 horas semanais e tem carteira assinada.
Com relação ao salário que recebem, 44% não se sentem recompensadas diante de seu desempenho profissional, 40% consideram que não há diferença entre o salário que recebem em relação ao dos homens no mesmo cargo e 59% se consideram preparadas para a função que exercem. Porém, 57,82% informaram que nunca receberam qualificação para seu ingresso.
Entre as entrevistadas, 41,2% responderam que não trabalham. A pesquisa apontou que a maioria tem de 26 a 55 anos, é solteira, não concluiu o Ensino Fundamental, estudou em escolas públicas, têm filhos. A maioria se diz despreparada para o mercado e carente de qualificação.
As principais áreas de interesse para qualificação entre as mulheres são nas áreas de gestão/administrativo, alimentação/culinária, saúde, beleza, comércio e idiomas. “A necessidade de se qualificar na área de gestão prova que elas têm um perfil empreendedor que precisa ser valorizado”, diz Aparecida França.