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Petista teria de raspar cabelo e tirar barba

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São Paulo (AE) – O maior motivo de preocupação dos dirigentes e lideranças petistas quanto a uma possível transferência de Luiz Inácio Lula da Silva para um presídio comum em Tremembé foi quanto à segurança e bem-estar do ex-presidente. Um outro motivo, no entanto, preocupou os petistas ontem: os danos que a transferência causariam à imagem da maior liderança do partido.

#SAIBAMAIS#Ao entrar em Tremembé, Lula seria obrigado a raspar o cabelo e a barba, sua marca registrada desde que surgiu para a política nacional durante as greves de metalúrgicos do ABC no final da década de 1970.

No sistema prisional paulista, todos os presos que chegam a uma penitenciária são obrigados pelo regulamento dos presídios a raspar o cabelo e a barba. Devem ainda tirar fotos para serem identificados, adquirindo uma ficha na cadeia. Petistas estavam certos de que essa ficha acabaria chegando às redes sociais. Para deixar que a barba voltasse a crescer, Lula precisaria de autorização judicial.

No sistema penitenciário paulista, o preso recebe duas calças caquis, duas camisetas brancas, duas blusas e pode ter até no máximo cinco cuecas, além de dois pares de meias, sapato e chinelo. Logo que entra na prisão, o detento é colocado no sistema de prova, uma espécie de adaptação à vida do presídio que pode durar até dez dias. Só então lhe é designada uma cela onde vai cumprir a pena.

Por fim, as visitas são apenas no fim de semana – exceto advogados e parlamentares. Todas devem ser autorizadas pela Justiça e devem passar pela direção do presídio. Petistas avaliavam que as restrições poderiam dificultar ainda mais a atuação política de Lula, hoje feita por intermédio de advogados que o visitam diariamente e políticos que vão a Curitiba uma vez por semana.

Caso o ex-presidente Lula fosse transferido para a penitenciária, mesmo no regime fechado, ele poderia trabalhar em uma das três empresas que atuam no local. Por meio de convênio com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), outras duas empresas atuam no presídio, uma delas no ramo de metalurgia, que poderia oferecer ao ex-presidente uma ocupação em que ele detém conhecimento por já ter trabalhado na área.

Outra opção seria o serviço de varrição do complexo. Oficinas de leitura e de teatro também são realizadas para os detentos que não querem trabalhar.

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