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Petistas asseguram apoio a Dilma

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Vera Rosa e Ricardo Brito – Agência Estado

Brasília  – A presidenta Dilma Rousseff cobrou ajuda dos parlamentares do PT para impedir a votação de projetos que possam representar novas despesas no Orçamento. Ao abrir a reunião com os petistas, no Palácio do Planalto, sexta-fera, Dilma disse que a situação econômica do mundo passa por um período de turbulência, com grande impacto no Brasil, e que não se pode fazer gastos sem dizer de onde vêm os recursos.
Rui Falcão: monitoramento da economia internacional e articulações para garantir reeleição
Os petistas prometeram apoiar a presidenta na tarefa de promover novo ajuste fiscal e garantiram que ela é a candidata do partido à reeleição, em 2014, procurando abafar o coro do “Volta Lula”. Ao fim da conversa, Dilma foi aplaudida de pé.

“O governo monitora constantemente e permanece atento às iniciativas da economia internacional, sobretudo a esses últimos movimentos anunciados pelo Fed americano”, disse o presidente do PT, deputado Rui Falcão. “É possível, sim, adotar medidas de política econômica para que, caso ocorra uma mudança abrupta na política norte-americana, não haja descontrole entre a eventual alta do dólar e a inflação.”

Dilma também recebeu, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deixou o Planalto munido de um discurso afinado com o governo. Para Renan, o Legislativo deve retirar da pauta os vetos presidenciais que podem ter repercussão fiscal.

Nessa lista está a análise do veto que estabelece o fim do fator previdenciário, uma conta que pode ultrapassar R$ 35 bilhões. “Na atual conjuntura econômica, talvez seja prudente que partidos da base retirem isso da pauta, a fim de demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal”, insistiu Renan.

Para Dilma, o projeto de lei que institui o passe livre estudantil, de autoria de Renan, também representa uma ameaça ao equilíbrio das contas públicas. O presidente do Senado discordou “Todos os países desenvolvidos na área de educação custearam o transporte dos estudantes. Não é isso que vai afetar o equilíbrio fiscal”, protestou Renan. “Esse não é o problema, pois 3,5 milhões de estudantes já pagam meia entrada.”

Um impasse quanto à fonte de recursos que bancará a gratuidade nas passagens levou à retirada do projeto da pauta, na quarta-feira, 03. Sem estimar o custo da proposta, o texto de Renan prevê que a isenção das tarifas seja bancada com recursos dos royalties de petróleo. Somente nas capitais e no Distrito Federal, a conta anual seria de R$ 3,4 bilhões.

Na conversa, Renan disse a Dilma que o Congresso está “paralisado” diante da obstrução patrocinada não só pela oposição como por partidos da base aliada. Do PSDB ao PMDB, todos se negam a votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ou a comparecer às comissões mistas das medidas provisórias até que o Congresso aprecie os vetos. “Nós vamos resolver o impasse e a bancada do PT vai ajudar a presidente Dilma”, afirmou o líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE). Dilma se comprometeu a “enviar” semanalmente ministros do PT para trocar ideias e aparar arestas com a coordenação da bancada petista.

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