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Petistas de SP tentam evitar perda de espaço

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São Paulo (AE) – Lideranças do PT em São Paulo querem neutralizar a “vilanização” dos petistas paulistas que ocorre dentro do partido após os escândalos que ocorreram no governo, quase todos envolvendo membros ligados ao Estado. Eles querem se descolar das denúncias e defendem a ocupação de mais espaço dentro do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num momento em que ele sinaliza que o PT deve ceder cargos e ministérios para o PMDB e outros partidos aliados.

Para esses petistas, os escândalos deram a membros do PT de outros Estados, como gaúchos e mineiros, o argumento que precisavam para tentar ocupar mais cargos no segundo governo Lula. Segundo eles, porém, atribuir os escândalos a todos os paulistas do partido é uma generalização injusta, pois casos como o do dossiê contra tucanos “tem nome e endereço” e não envolvem todos os paulistas.

Eles ressaltam, entretanto, que esses membros representavam a si próprios, e não o partido no Estado. Além disso, segundo eles, a discussão despolitiza o debate, que deve ser feito em torno de idéias. “O corte regional da discussão é equivocado. A discussão política no PT nunca fluiu por uma dimensão territorial, e sim por tendências internas, grupos de idéias que ultrapassam as fronteiras dos Estados”, disse um deputado do PT de São Paulo. “Esse discurso surgiu porque a maior parte dos problemas veio de dirigentes paulistas que cometeram atos indevidos. Mas daí a você fazer uma generalização para todos os petistas do Estado de São Paulo, é algo que politicamente não se sustenta”, ressaltou. Para ele, a discussão é despolitizadora e equivocada, feita por petistas que não querem discutir o problema ético a sério. “É uma forma equivocada de citar o problema, talvez para não colocar em público alguns nomes importantes do partido. Mas acho que a discussão sobre a questão ética no partido não deve ter corte regional”, opinou. Para outro petista, a discussão é feita por membros do partido que têm outros interesses por trás da generalização do PT de São Paulo. “A hora em que eu vir algum paulista encampar esse discurso vou levá-lo a sério. Seria a mesma coisa que eu, como paulista, fazer discurso contra gaúchos ou mineiros. Que interesse eu teria nisso?”, questionou um paulista com bom trânsito dentro do governo.  Ele citou especificamente o caso do dossiê contra tucanos, que, segundo sua avaliação, vem sendo usado como uma justificativa desse discurso.

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