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Petistas querem acelerar negociações

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COMANDO - Ricardo Berzoini faz reparos superficiais à política econômica e evita autocríticaSão Paulo (AE) – A Executiva Nacional do PT reunida ontem em São Paulo, decidiu acelerar a negociação com possíveis partidos aliados nas eleições estaduais e garantir o maior número possível de palanques fortes para a reeleição do presidente Lula. “ Esperamos que o PT possa até o final deste mês ter um quadro amadurecido das coligações possíveis e tomar uma posição sobre a política de alianças”, afirmou o presidente do partido Ricardo Berzoini. 

O PT admite abrir mão da cabeça de chapa em pelo menos sete estados, beneficiando candidatos do PSB e do PMDB. Há negociações em andamento para que o Distrito Federal também entre na composição, com lançamento da candidatura do ex-ministro Agnelo Queiroz ao governo. Um dos pré-candidato do PT no DF, Geraldo Magela já se retirou da disputa, mas a deputada estadual Arlete Sampaio ainda luta pela vaga. 

As negociações com o PSB envolvem o Ceará com o irmão do ex-ministro Ciro Gomes, Cid Gomes, o Rio Grande do Norte , para a reeleição da governadora Wilma de Faria e o Maranhão, possivelmente com a candidatura do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Edson Vidigal.  Já o PMDB pode ser beneficiado com alianças em Roraima, aderindo a candidatura do ex-ministro Romero Jucá; na Paraíba com o possível apoio a reeleição do governador José Maranhão, e no Tocantins onde o PT poderá aderir a campanha do governador Marcelo Miranda.

O PCdoB, aliado de primeira hora dos petistas e possivelmente único partido à apoiar formalmente a reeleição de Lula, ainda tenta atrair o PT para a candidatura do senador Leomar Quintanilha. Também no Amazonas os petistas cogitam apoiar a reeleição do governador Eduardo Braga. A reunião da Executiva Nacional tratou ainda “ofensiva” , na palavra de Berzoini da oposição para tentar o impeachment do presidente Lula.

“Querem reascender uma tese inaceitável, que é a tese do impeachment. Talvez estejam com medo das eleições, por isso tentam reascender esse debate”, disse Berzoini. O partido divulgou ontem as diretrizes para o seu programa de governo, texto preliminar que será discutido e aprovado no encontro nacional do partido no fim do mês.

O documento define 2006 com o primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula. Faz reparos superficiais à política econômica do atual governo e evita a autocrítica  sobre alianças sem citar o nome do empresário Marcos Valério, apontado como operador do Mensalão.

Delcídio Amaral denuncia Bittar

Brasília (AE) – O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral  (PT-MS), entrou com duas representações contra o deputado Jorge Bittar (PT-RJ).  Uma delas foi encaminhada ao Ministério Público e solicita a instauração de  inquérito penal contra o deputado petista. A outra pede a abertura de processo  pelo Conselho de Ética da Câmara por falta de decoro parlamentar. Na última  sessão da CPI dos Correios, na quarta-feira, Bittar agrediu verbalmente Delcídio:  chamou de “judas” e “traidor”, além de ter xingado o senador petista.

O relatório final da CPI dos Correios foi aprovado por 17 votos a quatro debaixo  de protestos dos parlamentares petistas. “Ele (Delcídio) quer me fazer passar  por vilão. Mover uma representação ao Ministério Público e outra à Mesa da Câmara  é um jogo de cena dele para tentar deixar de ser infrator e passar a vítima.  Ele (Delcídio) está tentando ser malandro demais”, afirmou ontem Bittar. “Não  encostei um dedo nele (Delcídio). Sou um homem de paz”, completou o petista.  Ele disse que o senador Delcídio Amaral agiu de forma “truculenta” e “arbitrária”  ao não dar a palavra a nenhum dos integrantes da CPI nem permitir a votação  e discussão de destaques ao relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Delcídio protocolou representação no Ministério Público por crime de ação penal contra JOrge Bittar.

Palocci negocia com a polícia de Ribeirão

São Paulo (AE) – Acuado pela polícia, que o acusa de peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci deu ontem o primeiro passo na direção de um pacto que poderá livrá-lo do fantasma da prisão preventiva. Palocci dispôs-se a colaborar com a polícia, apresentando-se em data que é ajustada entre a defesa dele e o delegado seccional de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Benedito Valencise.

A colaboração de Palocci, no entanto, não quer dizer que ele pretende admitir envolvimento em irregularidades durante a administração como prefeito de Ribeirão, entre 2001 e 2002, período em que o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) se transformou em foco de peculato, segundo a polícia.

“Uma coisa é certa, tudo isso está sendo definido com clareza”, afirmou Valencise. “O que está sendo programado, efetivamente, vai acontecer, com a formalização dos atos de polícia judiciária, ou seja, interrogatório do investigado e seu indiciamento criminal.” Palocci deverá ser ouvido logo após o feriado da Semana Santa. O local ainda não está definido. O ex-ministro prefere depor em Brasília porque acredita que em sua residência na capital a pressão será menor.

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