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Petrobras aumenta preço do gás natural em 6%

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PRODUTO - Proprietários de veículos a gás veicular amargam novo reajuste do produto dado

O gás natural aumentou novamente. Desta vez, o reajuste foi de 6% e ainda não há explicações oficiais sobre o assunto, apenas informações desencontradas. O custo do produto  para uso veicular já acumula mais de 30% de aumento este ano. Presidente da distribuidora de gás do estado, a Potigás, Nelson Freire destaca que a companhia não tem explicações sobre o aumento porque ele veio da Petrobras. Já a estatal, através de sua assessoria de imprensa, informou que um comunicado oficial será divulgado até hoje. O fato é que, com o aumento, aplicado desde ontem, o metro cúbico do gás natural veicular vendido pela Potigás passa a custar  R$ 0,84, valor 31,2% maior do que o vendido pela empresa em maio (R$ 0,64), cobrado antes dos outros reajustes que já houve este ano.

O presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do RN (Arsep), Luiz Eduardo Farias, diz que, embora o repasse do reajuste seja automático por se tratar de aumento de preço do produto e não de ajuste de margem da Potigás, a entidade está analisando o percentual. Segundo ele, a Potigás comunicou o aumento à Arsep na quinta-feira passada e, até a próxima semana, a agência se posicionará sobre o assunto. Já o diretor técnico da companhia, Geraldo Pinto, diz que o reajuste já foi aprovado pela Agência Nacional de Petróleo.  “Não compete a eles (Arsep) analisar o reajuste da commoditie”, explica o executivo da Potigás.

O aumento vale para todos os clientes da Potigás: postos de bandeira branca, distribuidoras de combustíveis e indústrias. No caso do gás natural veicular, o impacto chega mais rápido e mais claramente ao consumidor. Para o o presidente da Arsep, o maior problema desse mercado não são os reajustes, mas sim a margem de lucro dos postos revendedores. “É uma margem violenta”, diz Farias.

A afirmação dele pode ser avaliada na última pesquisa mensal da ANP, feita em setembro (disponível no site da agência). Em Natal, por exemplo, o preço mais alto apurado entre as distribuidoras foi de R$ 1,12. E o maior valor cobrado entre os postos pesquisados foi de R$ 1,59. Mesmo que este posto tenha comprado da distribuidora mais cara, sua margem de lucro chega a 41,9%. Para se ter uma idéia, os postos de combustíveis trabalham, em média, com margem de 18% – acima disso é considerada abusiva. O Ministério Público está investigando o mercado de gás natural veicular desde junho, mas ontem à tarde a reportagem não conseguiu entrar em contato com a titular da Promotoria de Defesa do Consumidor, Moema Pinheiro.

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