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Petrobras busca elevar os níveis de produção

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A Petrobras no Rio Grande do Norte trabalha para voltar a produzir 115 mil barris de óleo por dia. A previsão da empresa para que essa meta seja alcançada é 2011. Essa média de produção é mais que o maior pico já registrado, em 1999, 114 mil barris por dia. De acordo com as informações da Petrobras, os campos de Ubarana (marítimo) e Canto do Amaro (em Mossoró) terão papel fundamental nessa elevação da média de produção.

Para alcançar a meta a Petrobras trabalha com o aperfeiçoamento de projetos de injeção de água para aumentar a pressão dos reservatórios e com isso elevar a extração de óleo. Com relação a investimentos, para o período de 2008 a 2012, a empresa pretende aplicar no Estado um total de 2,5 bilhões de dólares. Esse é apenas um dos números que impressiona quando o assunto é Petrobras no Rio Grande do Norte. Há outros: nos 32 anos, desde que se instalou no Estado, a Petrobras já investiu 21 bilhões de dólares, o que é equivalente a (número atualizado) R$ 33.411.000.000,00.

A retomada do crescimento da produção está apoiada em quatro principais projetos. O primeiro deles é o de injeção de agua em Ubarana, com a perspectiva de 15,2 mil barris por dia e cujo investimento é de 230 milhões de dólares. O segundo é a injeção de água, em Mossoró, no campo Canto do Amaro. O investimento para este projeto é de 367 milhões de dólares e a perspectiva de incremento de produção é de 19,9 mil barris por dia. Há ainda um projeto que prevê a injeção de vapor (resultado da produção de energia elétrica na Termoaçu) em outros campos e cuja expectativa de ganho de produção é de 18 mil barris de óleo. O investimento é de 167 milhões de dólares.

Para o mar há ainda um projeto integrado de produção de gás cuja expectativa de produção de é de 517 mil metros cúbicos por dia. O investimento será de 136 milhões de dólares. Os valores anteriormente citados referem-se ao período de 2008 a 2012. Somente para 2008, o orçamento da Unidade de Negócios de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará (UM-RNCE) é de R$ 3,2 bilhões; sendo R$ 1,5 bilhões para investimentos e R$ 1,7 bilhões para custeio das atividades.

A Petrobras também é responsável por grande parte da força que a economia potiguar possui por conta dos tributos recolhidos. De 2004 a 2007, foram pagos R$ 1,27 bilhão de ICMS. No mesmo período, o Estado também recebeu R$ 1,2 bilhão de royalties pela produção de petróleo e gás na Bacia Potiguar.

Linha do tempo:

1852
O padre Florêncio Gomes de Oliveira registra ocorrências de petróleo no município de Apodi. E convida o cientista francês Jacques Brunet ao Rio Grande do Norte para verificar o achado, mas não obtém resposta.

1892
Trabalhando na região de Lobato, Bahia, um inglês, Samuel Allport, descobre um gotejamento de óleo. Neste mesmo ano, um fazendeiro, Eugênio Ferreira de Camargo, perfura o primeiro poço de petróleo do país, que produziu apenas dois barris.

1908
O jornal O Mossoroense reporta que do açude de Caraúbas está brotando uma substância que é usada como combustível para as lamparinas da região. O farmacêutico Jerônimo Rosado identifica a substância como um tipo de betume.

1922
O geólogo norte-americano John Casper Branner escreve – em fevereiro – o estudo “Oil Possibilities in Brazil” (Possibilidades de Petróleo no Brasil), onde aponta a possibilidade de existência de petróleo em Mossoró.

1929
Em agosto, um engenheiro de minas, o brasileiro, Luciano Jacques de Morais escreve, “Possível ocorrência de petróleo no Rio Grande do Norte”.
 
1932
 Manoel Inácio Bastos entrega ao presidente Getúlio Vargas um relatório sobre o petróleo existente na cidade baiana. No RN, o pesquisador Raimundo Soares de Brito aponta indícios de petróleo no fundo do açude de Caraúbas.

1933
Em 22 de maio é registrado a “mina de petróleo” de Lobato (BA).  Alterada a lei da exploração do mineral.

1938
É criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP).

1939
Com a descoberta do poço 163 é iniciada a exploração mais ostensiva da região de Lobato.

1943
As pesquisas sobre petróleo em território potiguar são iniciadas.

1945
Ano que marca o início da luta de Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia pelo reconhecimento da existência de petróleo em Mossoró.

1951
Getúlio Vargas envia ao Congresso Nacional o projeto que prevê a criação de uma empresa para a exploração do petróleo.

1953
Getúlio Vargas sanciona a lei 2004, que cria a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras).
 
1956
A Petrobras faz as duas primeiras sondagens no Rio Grande do Norte, em Macau e Grossos.

1966
A firma Casol, a pedido do prefeito Raimundo Soares de Souza, perfurou em Mossoró um poço que deu óleo. O mineral ficou sendo usado em lamparinas. No mesmo ano a Companhia Nordestina de Sondagens e Perfurações (Conesp) – financiada pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) – perfura outro poço que também dá óleo ao invés de água.

1973
A Petrobras perfura na costa de Macau e descobre o Campo de Ubarana, pioneiro em mar.

1975
Sai óleo nas torneiras de residências de Mossoró.

1976
É criado o Distrito de Produção da Bacia Potiguar (Diguar), no dia 29 de janeiro. Volta a sair óleo nas torneiras mossoroenses.

1979
No dia 27 de dezembro, à noite, o poço MO-14 começou a produzir petróleo, marcando assim o início da exploração terrestre de óleo na Bacia Potiguar.

1980
O campo de Fazenda São João entra em operação.  Começa a construção do que seria o Pólo Industrial de Guamaré. Começa a construção do gasoduto Nordestão.

1981
Em junho, entra em operação o campo de Alto do Rodrigues. A atual sede da Petrobras em Natal é inaugurada.

1983
O Pólo de Guamaré inicia suas atividades. O pagamento de royalties ao Estado e aos municípios começa.

1985
A produção chega aos 59 mil barris diários, extraídos de 34 campos. O Distrito de Produção da Bacia Potiguar torna-se Região de Produção do Nordeste Setentrional (RPNS). O campo de Canto do Amaro é descoberto. O gasoduto Nordestão entra em operação em conjunto com a primeira Unidade de Processamento de Gás.

1986
No primeiro dia do ano, o Canto do Amaro começa a produzir. A produção no final do ano chega a 71,2 mil barris por dia. A Petrobras começa a doar poços para comunidades carentes de água.

1992
A marca dos 100 mil barris é quebrada. A base da Petrobras em Mossoró é inaugurada. A Petrobras assegura a preservação do Lajedo de Soledade, em Apodi.

1994
O Rio Grande do Norte torna-se o maior produtor terrestre de petróleo no Brasil, contabilizando 96,9 mil barris por dia. Criado o Programa de Água Petrobras.

1995
A Região de Produção do Nordeste Setentrional (RPNS) torna-se Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará (E&P-RN/CE).

1997
Começa a ser construído o gasoduto Gasfor, para Fortaleza

1998
Começa o pagamento de participação pela produção a proprietários de terras onde estão localizados os poços.

1999
Entra em operação o gasoduto Gasfor.

2001
Entra em operação o “citygate” de Mossoró, rede de fornecimento de gás à cidade.

2002
A produção de óleo permanece na casa dos 97,89 mil barris por dia.

2003
A produção volta a crescer. Fica em 98,1 mil barris por dia.

2004
A UN-RNCE completa 25 anos de exploração e produção na Bacia Potiguar com 56 campos produtores;  4.580 poços produtores; e uma produção de 100 mil barris diários e 4 milhões de metros cúbicos de gás. Em Macau, é inaugurado o primeiro parque eólico da Petrobras no país. Retomada a construção da planta de querosene de aviação, e iniciada a construção da terceira planta de processamento de gás.

2007
O projeto da usina eólica piloto garante à Petrobras seu primeiro registro de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), segundo as regras do Protocolo de Kyoto. A utilização da energia eólica nos motores e nas bombas do processo produtivo evita a emissão de cerca de 1.300 toneladas de CO2 por ano na atmosfera.

2008
É anunciada pela Petrobras a construção de uma planta de refino de gasolina, o que torna o Pólo de Guamaré uma mini-refinaria com capacidade de processamento de 80 mil barris de óleo por dia. A UN-RNCE anuncia a construção de um novo parque eólico e a produção constante de biodiesel (tendo o girassol como base). O investimento previsto para este ano é de R$ 3,2 bilhões. O investimento acumulado de 1976 a 2008 é de 21 bilhões de dólares.

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