Rio (AE) – A Petrobras concluiu ontem a venda de 90% da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que reúne a malha de dutos por onde transporta gás pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A maior parte dos US$ 5,19 bilhões negociados com um fundo liderado pela gestora de ativos canadense Brookfield vai entrar no caixa da estatal até o fim do ano, após a operação ser aprovada pelos órgãos de regulação.
O dinheiro vai contribuir com o plano de venda de US$ 15,1 bilhões em ativos até o fim do ano. Segundo a Petrobras, em um primeiro momento, serão pagos US$ 4,34 bilhões. O restante, US$ 850 milhões, vai entrar no caixa em cinco anos.
Na prática, a estatal continua usando a rede da NTS para levar gás aos principais mercados consumidores do País, só que vai pagar uma tarifa para a Brookfield por isso. Segundo o gerente executivo de Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa, o custo com o transporte do combustível não vai aumentar por isso. A NTS, sob novo controle, ainda vai pagar à subsidiária de logística da Petrobras, a Transpetro, pela manutenção e operação da malha.
A venda da NTS pabre espaço também para a expansão da rede. Até então, por ser dona e cliente da malha, ao mesmo tempo, a Petrobras era proibida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de investir na ampliação dos dutos. “Essa operação está alinhada com o plano de negócios de 2017 a 2021, com a regulação do mercado de gás e com o programa do governo Gás para Crescer”, disse Costa.
A NTS foi criada pela Petrobras por imposição da ANP, como um desmembramento da Transportadora Associada de Gás (TAG), que reunia toda sua malha. A empresa ainda conta com a rede do Norte e Nordeste do País, também incluída no plano de desinvestimento.
