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Petrobras desmente Bolsonaro sobre novo reajuste em 20 dias

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Em meio a temores no mercado financeiro de ingerência política na Petrobras, a companhia desmentiu nesta segunda-feira (11) a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que os preços dos combustíveis  terão um novo reajuste nos próximos 20 dias. O último aumento para as distribuídoras foi anunciado no dia 25 de outubro passado.  Algumas horas depois do pronunciamento, a companhia informou em Comunicado ao Mercado que “não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado”. 
Com reajuste aplicado às refinarias no dia 25 do mês passado, preço nas bombas superou os R$ 7
A estatal afirmou ainda que “monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais”.
A petroleira brasileira enviou o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e nele esclarece que “ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, seguem as suas políticas comerciais vigentes e  sofrem influência do movimento do mercado internacional de petróleo e da taxa de câmbio”.
No comunicado, a Petrobras reiterou seu “compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”. 
A Companhia esclareceu, ainda, que no anúncio de reajuste de preços de diesel e gasolina, realizado no dia 25 de outubro deste ano, através de comunicado à imprensa, informou que os ajustes refletiam parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio.
As declarações de Bolsonaro foram dadas a jornalistas na cidade italiana de Anguillara Veneta, onde o presidente recebeu o título de cidadão local. Para comparecer à agenda de caráter pessoal, Bolsonaro deixa de ir à COP-26, evento em Glasgow, na Escócia, que reúne os principais líderes do globo.
O presidente disse saber, de forma extraoficial, que a estatal fará um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. “Isso não pode acontecer”, afirmou sobre o novo aumento, completando que “a semana será de jogo pesado” com a empresa, sem detalhar qual seria a estratégia do governo ao longo dos próximos dias. 
Para conferir transparência à sua gestão comercial, a Petrobras anuncia os ajustes de preços a seus clientes por meio do site Canal Cliente (www.canalcliente.com.br ) e, aos demais públicos de interesse, por meio do site www.agenciapetrobras.com.br. Em atendimento à Resolução 795/2019 da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Companhia também divulga a tabela de preços atualizada por localidade e modalidade de venda em seu site www.petrobras.com.br.
RN: gasolina subiu 4,72% em outubro 
O preço do litro da gasolina no País subiu 3,98% em outubro na comparação com setembro, chegando a um valor médio no País de R$ 6,56, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Após um ano e cinco meses de altas consecutivas, o valor do combustível acumula um aumento de 63,6% desde maio do ano passado, dois meses após o começo da pandemia, quando o preço médio era de R$ 4,01.
Obtidos por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 28 de outubro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que Ceará (6,28%), Rio Grande do Norte (4,72%) e Sergipe (4,44%) registraram as maiores altas no período. As menores variações positivas ocorreram no Acre (1,76%), no Amapá (1,94%) e em Alagoas (2,99%).
Entre as capitais, o valor médio do combustível foi de R$ 6,516. Teresina (R$ 6,941) e Rio de Janeiro (R$ 6,902) foram as que apresentaram maiores preços em outubro. Já os menores valores médios foram encontrados em Macapá (R$ 5,826) e São Paulo (R$ 6,085).
No levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente à última semana de outubro (24 a 30/10), o Rio Grande do Norte registrou alta de R$ 2,32%, com o preço médio do litro da gasolina indo a R$ 7,109. Considerando todos os estados brasileiros, o valor só era menor que o registrado no Piauí: R$ 7,143 (que teve alta de 3,45% na semana). Na semana anterior, o valor no RN era R$ 6,948. Em Natal, o preço médio, na semana passada era R$ 7,154 (+2,45%).  O terceiro maior preço médio, na semana passada foi registrado no Rio de Janeiro (R$ 7,041), com alta de 1,84%. 
Os dados da ANP apontam as maiores altas, na semana passada, nos estados da Bahia (+4,92%); Goiás (4,87%): e Distrito Federal (4,68%). Nesses estados, o preço médio era, respectivamente, R$ 6,572; R$ 7,040 e R$ 6,894.
Etanol
O preço médio do etanol no País no mês de outubro foi de R$ 4,904. Apesar da sequência de altas da gasolina, o combustível ainda segue sendo o mais vantajoso para se abastecer o veículo em todo o País em comparação com o álcool.
O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.
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