Panorama Político – Ilimar franco
Petrobras está amarrada
O presidente da empresa, Aldemir Bendine, faz reuniões permanentes com AGU, TCU e CGU. As consultas têm como objetivo saber previamente a legalidade ou não de licitações, da contratação de empresas terceirizadas e de cada passo da administração. O escândalo da Petrobras reduziu os investimentos da empresa e ampliou a burocracia de sua gestão.
Sinal verde
Os governadores de todos os partidos apoiam a volta da CPMF ou o aumento de outro tributo existente. Consultados, mandaram recado ao Planalto dizendo que ajudam a aprová-lo no Congresso. Para isso, cobram que a receita seja compartilhada em percentuais maiores que os números que estão sendo especulados. Os estados não têm recursos para bancar os gastos com a Saúde e liberar receitas para fazer investimentos. Os de oposição avisaram ao Planalto que vão trabalhar na surdina por razões político-eleitorais. Não querem defender publicamente a volta da CPMF. Em 2018 tem eleição presidencial.
Sem sustos
Marina Silva foi usada como exemplo por deputados contrários ao fim da exigência de domicílio eleitoral. Pré-candidatos a prefeituras alegaram que não querem adversários surpresa. Disseram que nomes nacionais, como Marina, que já foi cotada como candidata a governos de diferentes estados, seriam beneficiados.
“Eu aceito colocar na rua o debate sobre a reforma da Previdência. Isso não é um problema só para este governo. É para os futuros também” – Luiz Fernando Pezão, governador do Rio
Mundo real
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, estima que, com a redução das atividades da Petrobras e a conclusão de obras pela Odebrecht, e após a realização das Olimpíadas 2016, de 60 mil a 70 mil empregos ficarão ameaçados.
Cada um na sua
O líder do PDT, Acir Gurgacz, diz que a sigla apoia o governo mesmo sem o Ministério do Trabalho. O ministro Gilberto Kassab diz que o importante é trabalhar, e não o posto. O PT quer manter Mulheres, Igualdade Racial e outras.
Dobradinha
Em 2008, FH criticou a agência S&P quando o Brasil ganhou maior grau de investimento sob o governo Lula. “Não confio muito nas agências de risco. Olha o risco que elas correram lá nos EUA”, disse. Agora, com o Brasil rebaixado, foi a vez de Lula minimizar essas agências. Disse que o rebaixamento “não significa nada”.
O lugar no palco
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, preparava-se para dar entrevista, quando os cinegrafistas orientaram seu posicionamento para as câmeras. “Mais para a direita”, repetiam. O petista arrancou risos: “Não posso ir tanto para a direita assim”.
Centralizar
A Câmara pretende adotar o modelo de licitações para a compra de passagens aéreas. Hoje, cada gabinete faz o serviço diretamente com agências que ficam na própria Casa. A primeira secretaria diz que, assim, as passagens saem mais caras.
Deputado Chico Alencar ironiza: janela para mudanças só no futebol. “Se paga mais, jogador muda de camisa. Político não pode ser assim.”
